Alunos da pós-graduação Stricto sensu da Unimontes com trabalhos selecionados para a Inglaterra: Lucas Barros

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Pesquisadores têm oito trabalhos selecionados para o Congresso Europeu de Obesidade

By DTI

April 24, 2013

Os investimentos na pós-graduação, na maior capacitação docente e na infraestrutura para a investigação científica ampliam a projeção internacional da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Em maio, oito pesquisas produzidas no âmbito do mestrado e do doutorado em Ciências da Saúde da Unimontes serão apresentadas no Congresso Europeu de Obesidade (European Congress on Obesity/ECO 2013), que acontecerá entre os dias 12 e 15 de maio, no Centro de Convenções de Liverpool (Inglaterra).

As pesquisas desenvolvidas pela Unimontes têm como área de concentração o metabolismo observa o coordenador do Programa de Pós-graduação Stricto sensu em Ciências da Saúde, professor André Luiz Sena Guimarães. Segundo ele, a participação da Universidade em um dos eventos mais bem prestigiados do mundo, organizado pela Associação Européia de Estudos sobre Obesidade, terá reflexos positivos na avaliação dos cursos de mestrado e doutorado.

“A participação da Unimontes, de maneira geral, é muito bem vista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que avalia os programas Stricto sensu”, explicou o coordenador. “É importante destacar o grande avanço que o programa da instituição vem tendo na área do metabolismo”.

Trabalhos

Os estudos da Unimontes foram elaborados pelos mestrandos e doutorandos Lucas Barros (biólogo), Thaísa Crespo (médica), João Marcus Andrade (enfermeiro), Alanna Paraíso (enfermeira), Gislaine Jorge (nutricionista), Lucinéia de Pinho (nutricionista) e Antônio Sérgio Barcala (médico).

Orientador do grupo de alunos, o professor Sérgio Henrique Santos observa ser “de fundamental importância a participação dos pesquisadores da área de metabolismo em congressos internacionais relevantes como esse, o que permitirá o estabelecimento de novas parcerias em pesquisas sobre temas como obesidade, diabetes e metabolismo, que são objeto de estudo nos cursos de pós-graduação da Unimontes”.

Obesidade

A aluna Gislaine Jorge, também coordenadora do Programa Nutrição e Saúde/Unimontes, é autora do estudo “Ausência do café da manhã está associado com maior risco de sobrepeso e obesidade”. Segundo ela, a ausência da chamada “primeira refeição do dia” teve uma associação importante com a circunferência de cintura aumentada e índices elevados de sobrepeso e obesidade na população estudada: “O consumo freqüente do café da manhã associa-se ainda com melhor qualidade da dieta como um todo e com melhores escolhas alimentares ao longo do dia, comparado aos indivíduos que o omitem”, explicou.

A nutricionista lembra que “atualmente, a obesidade atinge níveis alarmantes no mundo inteiro. O Ministério da Saúde estima que aproximadamente 15% dos brasileiros sejam obesos. Esse percentual chega a 20,5% na Argentina, 25,1% no Chile e 27,6% nos Estados Unidos. A rota de crescimento é preocupante”, frisou a nutricionista.

Gislane Jorge salientou que “o Brasil tem registrado um aumento médio de 0,76% na taxa de obesidade a cada ano. Já o excesso de peso tem crescido, em média, 1,05% por ano. A obesidade grave, também chamada de mórbida, vem apresentando um crescimento de 4,3 % mais rápido do que a obesidade em si. A obesidade é considerada um dos principais fatores de riscos para o aparecimento das Doenças Crônicas não transmissíveis (DCNTs), como doenças cardiovasculares e diabetes.

Ela observou ainda que “quando falamos de tratamento de obesidade, precisamos levar em conta que as condições das pessoas são muito heterogêneas e uma abordagem terapêutica única pode ser ineficiente. Entendemos que a obesidade tem causas multifatoriais complexas, como, como exemplo, influenciada por fatores genéticos e ambientais. Daí a relevância de equipes interdisciplinares lançarem seus esforços em prol de novos estudos nesse campo”, concluiu Gislane Jorge.

Novas perspectivas

O também doutorando João Marcos Oliveira Andrade apresenta em seu trabalho “inéditas evidências do papel do Resveratrol e da Ang-(1-7) na melhora dos parâmetros associados à síndrome metabólica em camundongos, como a hiperglicemia, resistência insulínica, obesidade e dislipidemia, por meio da interação entre sirtuínas e o sistema renina-angiotensina”.

Segundo ele, esse estudo intitulado “Angiotensina-(1-7) previne obesidade e inflamação hepática por inibição da via (Resistina/TLR4/NF-KB in ratos tratados com dieta hipercalórica rica em gordura)” abre novas perspectivas terapêuticas para a síndrome metabólica e comorbidades associadas.