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Painéis evidenciam diversidade das pesquisas na Unimontes

By DTI

September 24, 2011

Alunos de diversos cursos de graduação e pós-graduação cumpriram à risca a proposta de potencializar a divulgação das ações desenvolvidas pela Unimontes durante a programação do 5º Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão, que teve início na última quarta-feira (21) e prossegue até este sábado (24). Entre os destaques, as apresentações de trabalhos científicos. “Por abordar tantos assuntos ao mesmo tempo, o Fórum dá uma dimensão quase completa de como Unimontes atua junto à comunidade”, avalia Cássio de Almeida Lima, de Varzelândia (Norte de Minas), aluno do 2º período do curso de Enfermagem da Unimontes.

Três estudos do acadêmico, de 18 anos, que ingressou na Unimontes pelo PAES, estiveram entre os 800 trabalhos científicos selecionados para a apresentação na forma de pôsteres durante o 5º Fepeg. Uma das pesquisas de Cássio Lima diz respeito à “Territorialização na Estratégia da Saúde da Família”. Para dar continuidade ao estudo, ele quer concorrer a uma bolsa de Iniciação Científica com financiamento.

Já bolsista pelo programa PIBIC/CNPq, Luan de Oliveira Queiroz, do 5º período do curso de Ciências Econômicas, pode apresentar a pesquisa sobre “A crise da sociedade salarial: considerações acerca do mercado de trabalho formal e informal de Montes Claros”. O trabalho teve como base dados obtidos junto ao IBGE, Ministério do Trabalho e DIEESE, entre 2000 e 2010, sobre famílias que apresentaram algum tipo de empreendimento social. “A pesquisa mostra maior absorção de empregos com carteira assinada pelo setor de serviços e uma estagnação do mercado de trabalho na área industrial”, explicou o aluno.

“COMO PROFISSIONAL”

A obra da escritora Clarice Lispector é o tema da pesquisa da paulistana Sâmara Pereira Baleeiro, que se mudou para Montes Claros após ser aprovada para o curso de Letras/Português. Aluna da Unimontes há um ano, apresentou durante o fórum o trabalho científico “Interface Lingüística sobre o livro “A Hora da Estrela”. “Uma experiência como esta já nos faz sentir como uma profissional da educação”, disse. “Vejo como um grande incentivo à pesquisa esta oportunidade de repercutir o que fazemos na sala de aula”, completou sua colega de curso, Silvagna de Oliveira Neto, da cidade de São João da Ponte, ao analisar os resultados práticos do Fórum.

Por sua vez, a fonoaudióloga na rede municipal de Taiobeiras, Gisele Matos Ribeiro, quer que o seu estudo ajude na elaboração de políticas públicas mais abrangentes. Pós-graduanda em Saúde da Família pela Unimontes, pode no Fórum apresentar a pesquisa “Conhecimentos dos agentes comunitários de Rio Pardo de Minas sobre saúde auditiva”, orientada pela professora Luísa Rossi. Segundo ela, diante da pouca informação que os entrevistados possuem sobre o tema, “a pesquisa sugere a realização de uma capacitação nesse sentido, como forma de contribuir com a elaboração de políticas específica ao setor”.

Os painéis também se tornaram um instrumento da divulgação das pesquisas desenvolvidas pelos docentes, como para a professora Patrícia Takaki Guimarães, do curso de Sistemas de Informação, que apresentou um relatório dos dois anos de estudo sobre as “Tecnologias de Informação e Comunicação aplicadas à administração pública – justificativas para implantação do programa Cidade Digital em Montes Claros”. Segundo a autora, o trabalho consiste no estudo comparativo dos sistemas integrados voltados ao serviço público, sendo desenvolvido no Laboratório de Informática Social – LIS/Unimontes, com o apoio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes).

O seu trabalho sugere a aplicação do software “e-cidade” e do programa “Cidade Digital/MCT” para os serviços digitais prestados pela prefeitura de Montes Claros. A própria autora se dispõe a colaborar para a implantação do sistema.

FLORES E ALTITUDE

Com o objetivo de analisar a riqueza das espécies e influência da altitude na composição florística da Serra do Cipó, em Minas Gerais, o acadêmico Marcelo Henrique de Oliveira, do 4º período do curso de Ciências Biológicas/Bacharelado, esteve entre os participantes do Fórum. O trabalho teve início em 2010 em áreas de campo rupestre de sete sítios de coleta entre as altitudes 800 e 1,4 mil metros. “Posso adiantar a abundância e a riqueza das espécies arbóreas regenerantes”, salientou o acadêmico. Foram identificadas 39 espécies provenientes de 18 famílias. “A vegetação arbórea regenerante demonstrou estar associada com a altitude, em que esta recebe influência do cerrado”, finalizou Marcelo.