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Ovo, inimigo da saúde?

By DTI

July 19, 2013

 

Por Gislaine Cândida Batista Jorge- Nutricionista

A doença cardiovascular ,atualmente, é uma crise de saúde pública, afetando milhões de pessoas em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Embora nas últimas décadas a taxa de mortalidade atribuível à doença tem diminuído nos países desenvolvidos, ainda é considerada a principal causa de morte.

Em países de baixa e média renda, a prevalência de doenças cardiovasculares tem aumentado drasticamente. Em 2020, a previsão é que a doença será a principal causa de morbidade e mortalidade na maioria desses países. O consumo de alimentos ricos em colesterol é relacionado como causador de doenças cardiovasculares. Durante muito tempo, o ovo foi apontado por aumentar o colesterol pois contem grande quantidade de colesterol em sua gema. O consumo do ovo era considerado prejudicial à saúde (Frank B Hu, 2013).

Um ovo tem, em média, 210mg de colesterol, mas hoje sabemos que nem sempre cortar o ovo da dieta é a melhor saída para evitar as doenças cardiovasculares. O aumento do colesterol plasmático (do sangue) é um mecanismo complexo e depende de fatores genéticos, consumo de gorduras saturadas e trans, alimentação pobre em fibras e falta de atividade física dentre outros. Estudos atuais descritos na literatura relatam que comer um ovo ao dia não tem impacto significativo sobre o risco de doenças cardiovasculares em pessoas saudáveis. Existe sim o risco entre os indivíduos diabéticos.

O ovo é considerado um alimento completo, rico em nutrientes e economicamente acessível. Sabe-se que o colesterol presente na gema também possui propriedades importantes para a homeostase do organismo. Uma

unidade de ovo tem baixo valor calórico, em média 75 calorias. É uma das poucas fontes exógenas de vitamina D e K, além de outras vitaminas e minerais. E por ser uma proteína de origem animal, fornece os aminoácidos essenciais que nosso corpo é incapaz de sintetizar. A maior parte constituinte do ovo é a clara (60% do peso do ovo), rica em água e proteínas, principalmente albumina. A gema é responsável por 30-32% do peso total do ovo e é formada por água, proteínas e lipídios. A casca do ovo representa os restantes 10% de seu peso total (Tabela de Composição de Alimentos da UNICAMP).

A preocupação com o colesterol é tão grande que as pessoas, normalmente, esquecem ou desconhecem os benefícios dos ovos. Com tantas vantagens e praticidade no preparo desse alimento, existem fracos indícios de exclusão do mesmo da rotina alimentar. O importante é equilibrar fontes de proteínas com preparações saudáveis,  além de estabelecer hábitos e estilo de vida mais saudáveis, como a inclusão de atividade física regular e dieta balanceada de acordo com as  necessidades individuais.

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Bom apetite! Consulte a nutricionista, adote a reeducação alimentar! Viva melhor e mais feliz!

Fontes:

BMJ 2013; 346 doi: http://dx.doi.org/10.1136/bmj.e8539 (Published 7 January 2013) Cite this as: BMJ 2013;346:e8539.  Egg consumption risk of coronary heart disease stroke: dose-response meta-analysis of prospective cohort studies. 

 Elswyk MV. El mito del consumo del huevo y la relación con el colesterol y el consumo de huevo como parte de una dieta sana. Instituto del Huevo 2006 jul  Disponível: http://www.institutodelhuevo.org.mx/memorias2.html#cuatro.        

Anton M, Nau F, Nys Y (2006). Bioactive egg components their potential uses. World Poult. Sci. J. 62:429-437.

 Unicamp (2006). Tabela brasileira de composição de alimentos – T113 versão II. 2. ed. Campinas, SP, 113 pp.

 

 A Nutricionista Gislaine Cândida Batista Jorge colabora mensalmente com o boletim UNINOVIDADES com dicas sobre Nutrição e Saúde. Os Servidores da Unimontes podem participar do Projeto Nutrição e Saúde que integra o Programa Mudança de Hábito e Qualidade de Vida da Diretoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos. A proposta é realizar intervenção nutricional e ações de educação em saúde, visando à recuperação e promoção da saúde e melhoria da qualidade de vida dos servidores, bem como à prevenção de doenças por meio da mudança de hábito e estilo de vida.

Serviço

Atendimento: Ambulatório de Nutrição Clínica – 9º andar do CAETAN- Centro Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves do Hospital Universitário Clemente de Faria.

Consultas: Os servidores devem agendar no SESEST.

Telefones: (38) 3229 8576/ 8571.