Manter as competências dos profissionais em dia com as necessidades da população. A questão foi discutida durante a 1ª Oficina de Planejamento Estratégico da Política de Educação Permanente em Saúde na Macrorregião do Norte de Minas, realizado nessa quinta-feira (25/08), no Centro de Educação Profissional e Tecnológica/Escola Técnica de Saúde (ETS), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
O evento foi destinado a 40 técnicos e representantes das Secretarias Municipais de Saúde da região. Ao participar da solenidade de abertura, o reitor João dos Reis Canela destacou a importância dos investimentos na qualificação de pessoal e na melhoria da gestão do SUS. “Oficinas como esta são extremamente importantes para assegurar aos gestores a competência necessária para o bom funcionamento das ações de saúde”, destacou o reitor.
Ele lembrou ainda que, para a boa gestão o sistema também preconiza a manutenção das equipes técnicas do setor de saúde nos municípios, mesmo quando ocorrem mudanças no comando das prefeituras. “Os gestores municipais precisam entender que os técnicos da saúde devem ter continuidade, sem sofrer qualquer tipo de interferência política”, observou João Canela. Ele citou como exemplo a própria Unimontes que, há vários anos, mantém as mesmas equipes técnicas nas áreas de saúde, especialmente, no Hospital Universitário Clemente de Faria, o único de Montes Claros que presta atendimento bancado exclusivamente pelo SUS.
A superintendente regional de Saúde, Olívia Pereira Loiola, também enalteceu a relevância da oficina de planejamento estratégico de educação permanente em saúde. Ela destacou a importância da participação dos representantes das secretarias municipais de saúde, que vão atuar como multiplicadores das ações em suas comunidades.
Logo após a abertura, o coordenador estadual do Programa de Educação Permanente para Médicos de Família, da Secretaria de Estado de Saúde, João Batista Silvério, proferiu a palestra “Alinhamento conceitual: educação permanente”. Ele destacou a necessidade de atualização de conhecimento pelos profissionais.
“Estudos demonstram que o desempenho do profissional de saúde não melhora, necessariamente, com o tempo. Ao contrário, o conhecimento atualizado e a performance clínica deterioram com a idade e os pacientes, a sociedade e os próprios profissionais pagam um preço por essa obsolescência. Um volume expressivo de recursos financeiros tem sido investido nas últimas décadas com o objetivo de superar essa situação”, afirmou João Batista Silvério.