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O uso do tambor nas religiões afro-brasileiras é tema de documentário

By DTI

November 23, 2017

A presença do instrumento tambor nos rituais das religiões afro-brasileiras umbanda e candomblé é tema um documentário produzido pela Universidade Estadual de Montes Claros, por intermédio do Programa de Educação Tutorial em Ciências da Religião (PET – CRE).  Denominado “Tambor fala: ogãs, atabaques e sacralização”, o trabalho é dirigido pela professora doutora Cristina Borges, tendo como assistente de direção Erivan Cardoso de Almeida, egresso do curso de Ciências da Religião. 

O documentário tem duração de 40 minutos e foi produzido com o apoio do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (NEAB) da Unimontes, em parceria com terreiros de umbanda e candomblé angola do Norte de Minas.  A produção, gravada em DVD, está organizada em duas partes, sendo que na primeira é enfatizada a relação entre música, religião e o Ogan, homem que não entra em transe. A segunda parte do filme traz a visão das tradições de matriz africana sobre o sacrifício, ponto polêmico que tem sido objeto de críticas a essas tradições.  “Ao recorrer à antropologia e à cosmologia africana, o trabalho traduz a intrínseca relação entre o sangue ritual e as religiões afro-brasileiras”, explica a professora Cristina Borges. 

O filme será usado como recurso didático para o repasse de conhecimento sobre a relação entre música e religião e sobre a concepção de sacralização para a umbanda e o candomblé. 

O documentário resulta de trabalhos de pesquisa da professora doutora Cristina Borges e acadêmicos do curso de Ciências da Religião e tem como objetivo apresentar as religiões de matriz africana enquanto reservas da memória nacional. É um convite à sociedade para conhecer essas religiões e, consequentemente, sua história. 

Conforme seus diretores, a produção em vídeo em questão “mergulha-nos em uma atmosfera mística e rítmica através de uma dinâmica que nos leva a transitar por diversos temas e rituais religiosos, desde a utilização litúrgica do tambor, o homem que o toca, o ogã, até a sacralização pelo sangue nessas tradições”.