Um debate sobre os desafios, limitações e fortalecimento da agricultura regional foi o ponto principal da primeira reunião de avaliação das atividades desenvolvidas pelo projeto “Rede de Parcerias para o Desenvolvimento Sustentável no Território Serra Geral”, que integra o programa Rede Geral do Plano Brasil Sem Miséria, do governo federal. O evento foi realizado no auditório do Campus da Unimontes em Janaúba, nessa terça-feira (29/01).
A Rede Geral é coordenada pela Emprapa Milho e Sorgo, de Sete Lagoas, e está ligado ao Plano Brasil Sem Miséria, do governo federal. É dirigida aos agricultores cuja renda familiar seja de até 70 reais por pessoa. O programa faz parte de inclusão produtiva rural do Brasil Sem Miséria, cuja prioridade é aumentar a produção do agricultor através de orientação e acompanhamento técnico, oferta de insumos e água.
A Universidade Estadual de Montes Claros, por intermédio do grupo Núcleo de Extensão Rural e Desenvolvimento Agroecológico (Neruda), vinculado ao departamento de Ciências Agrárias, faz parte do referido programa, juntamente com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater) e o Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA), além dos 16 municípios da microrregião da Serra Geral, com sede em Janaúba.
INÍCIO – Em novembro, o campus da Unimontes naquele município sediou uma oficina para formalizar a parceria entre as unidades da Embrapa e instituições que atuam na área de extensão rural, de pesquisa e de desenvolvimento regional. Nessa ação específica, teve início a capacitação de técnicos e agricultores em estratégias de inclusão produtiva e métodos participativos de assistência técnica e extensão rural.
CINCO PILOTOS
Foram selecionados quatro municípios do Território da Cidadania Serra Geral e um quarto de fora da microrregião que também faz parte do Brasil sem Miséria e possui uma comunidade quilombola: Matias Cardoso, Monte Azul, Catuti, Pai Pedro e Francisco Sá. Cada um receberá uma Unidade Coletiva de Aprendizagem (UCA) para o desenvolvimento de mecanismos e tecnologias ajustadas e sustentáveis para a melhoria da qualidade de vida da população envolvida.
Os municípios selecionados receberam diversos insumos como sementes, adubos e defensivos. Além disso, durante os meses de outubro, novembro e dezembro (2012) e janeiro (2013), foram visitados por equipe de estudantes do “Neruda”, coordenado pela professora Lize de Moraes, juntamente com extensionistas da Emater e do CAA. Eles discutiram com os agricultores a instalação das Unidades Coletivas de Aprendizagem, que foram instaladas em novembro de 2012.