O dia 14 de novembro, é o Dia Mundial do combate a Diabetes e a Universidade Estadual de Montes Claros junto do Hospital Universitário Clemente de Faria (HU-Unimontes) apoiam essa ideia que tem como tema em 2023 “EDUCAÇÃO PARA PROTEGER O AMANHÔ cujas atividades se concentrarão em destacar a necessidade de melhor acesso à educação em Diabetes de qualidade para profissionais de saúde e pessoas que vivem com Diabetes.
A campanha ocorre desde 1991, organizada pela International Diabetes Federation com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). Tornou-se uma celebração oficial em 2006 como uma oportunidade para aumentar a consciencialização sobre esse problema de saúde pública global e o que precisa ser feito, coletiva e individualmente, para melhorar a prevenção, o diagnóstico e a gestão da doença, constituindo-se em um movimento de resposta às crescentes preocupações sobre a ameaça econômica e à saúde representada pela diabetes.
Em 2023, a OMS quer destacar a necessidade de acesso equitativo aos cuidados essenciais, incluindo a sensibilização para as formas como as pessoas com diabetes podem minimizar o risco de complicações. As atividades também celebrarão as experiências de pessoas com todas as formas de diabetes para ajudar indivíduos afetados a agir, incluindo a procura e a obtenção de assistência.
Os fatos e números mostram o aumento do fardo global da diabetes para indivíduos, famílias e países. O Atlas de Diabetes da IDF (2021) relata que 10,5% da população adulta (20-79 anos) tem diabetes, e quase metade não sabe que vive com a doença.
Até 2045, as projeções mostram que 1 em cada 8 adultos, aproximadamente 783 milhões, viverá com diabetes, um aumento de 46%.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da população nacional.
Mais de 90% dos casos são de diabetes tipo 2, que é impulsionada por fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais e genéticos. Os principais motivos para o aumento desse tipo de diabetes incluem:
– Urbanização;– Envelhecimento da população;– Diminuição dos níveis de atividade física;– Aumento da prevalência de sobrepeso e obesidade.
Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz ou não consegue empregar adequadamente a insulina – hormônio produzido pelo pâncreas responsável pela manutenção do metabolismo da glicose. Sua falta provoca déficit na metabolização da glicose e, consequentemente, diabetes. Caracteriza-se por altas taxas de açúcar no sangue (hiperglicemia) de forma permanente.
Tipos de diabetes:
Tipo 1: O pâncreas não produz ou produz muito pouca insulina. Pode afetar pessoas de qualquer idade, mas geralmente se desenvolve em crianças ou adultos jovens que precisam de injeções diárias de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue – sem acesso a ela, morrerão. Além da insulina, precisam de monitoramento regular da glicemia e um estilo de vida saudável para administrar sua condição de forma eficaz.
Não se sabe exatamente o que causa a diabetes tipo 1, no entanto, pesquisas mostram que a possibilidade de desenvolver a doença aumente ligeiramente se um membro da família a tiver. Existem também fatores ambientais, como a exposição a uma infecção viral, que, por sua vez, desencadeie uma reação autoimune.
Sintomas mais comuns:
– Sede anormal e boca seca;– Perda repentina de peso;– Micção frequente;– Falta de energia, cansaço;– Fome constante;– Visão embaçada;– Enurese noturna (eliminação involuntária de urina durante o sono).
Tipo 2: é o mais comum e ocorre em cerca de 90% dos casos. Há contínua produção de insulina gerando incapacidade da sua absorção pelas células musculares e adiposas que não conseguem metabolizar a glicose no sangue, resultando em ‘resistência à insulina’.
Os sintomas podem ser leves ou ausentes, de modo que as pessoas podem viver vários anos com a doença antes de serem diagnosticadas. São semelhantes aos do tipo 1 e incluem:
– Sede excessiva e boca seca;– Micção frequente;– Falta de energia, cansaço;– Cicatrização lenta de feridas;– Infecções recorrentes na pele;– Visão embaçada;– Formigamento ou dormência nas mãos e pés.
Diabetes gestacional (DG): durante a gravidez, a placenta produz hormônios que podem interferir na capacidade do corpo de usar a insulina de maneira eficaz. Isso é conhecido como resistência à insulina, uma parte normal da gravidez. No entanto, em algumas mulheres, a resistência à insulina torna-se demasiado elevada, levando ao diabetes gestacional.
A DG pode afetar a saúde da mãe e do bebê, com possíveis consequências de longo prazo. Pode levar a complicações relacionadas à gravidez, incluindo hipertensão, bebês com grande peso ao nascer e trabalho de parto obstruído. Mudanças no estilo de vida e medicamentos podem ajudar a controlar a doença.
A causa exata da diabetes gestacional ainda não é conhecida. Ainda assim, alguns fatores de risco podem aumentar as chances de desenvolvê-la:
– Viver com sobrepeso ou obesidade;– Ter mais de 45 anos;– Ter histórico familiar de diabetes ou diabetes gestacional em uma gravidez anterior;– Ter síndrome dos ovários policísticos (SOP).
Formas raras de diabetes: embora os tipos 1, 2 e gestacional sejam os mais comuns, há outras formas igualmente importantes.
Cerca de 1,5-2% das pessoas vivem com variedades raras de diabetes agrupadas em nove categorias que podem não ser abrangentes ou universalmente reconhecidas, e pode haver sobreposições ou variações na forma como diferentes especialistas as classificam. São elas: Síndrome de Alström; Diabetes insipidus; Diabetes autoimune latente em adultos; Diabetes de início na maturidade dos jovens; Diabetes neonatal; Diabetes secundária a outras condições médicas ou a medicamentos; Diabetes induzida por esteroides; Diabetes tipo 3c (ainda sem reconhecimento oficial) e Síndrome de Wolfram.
Complicações:
O tratamento correto da diabetes significa manter uma vida saudável, evitando diversas complicações que surgem em consequência do mau controle da glicemia. Altas taxas de açúcar no sangue, por tempo prolongado, podem causar sérios danos: cegueira, insuficiência renal, ataque cardíaco, acidente vascular cerebral e amputação de membros inferiores.
Tratamento e prevenção:
A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, mantendo uma alimentação saudável e evitando o consumo de álcool, tabaco e outras drogas.
Além disso, a doença pode ser tratada e suas consequências evitadas ou retardadas com medicamentos, exames regulares e tratamento de complicações. Previna-se e consulte seu médico regularmente.
Fonte: Ministério da Saúde.