Notícias

No balanço UniDay, alunos falam da experiência em mostrar a visitantes “como a escolha pelo curso vale a pena”

By Christiano Lopes Jilvan

November 05, 2019

A oportunidade de divulgar não apenas o curso superior escolhido, mas de também compartilhar as experiências vividas na Universidade e mostrar como as carreiras universitárias ampliam o diálogo com o futuro campo de trabalho e com o mercado profissional na atualidade. E, embora as conclusões sejam as mais diversas, há um denominador comum para os acadêmicos que participaram da primeira edição do “UniDay” – Universidade de Portas Abertas.

“Constatei o grande interesse pelo meu curso; que sejam bem-vindos à Unimontes”, depôs Maria Clara Ferreira (FOTOS: Christiano Jilvan/Ascom)

O projeto idealizado pela Unimontes com o envolvimento de todos os setores para apresentar o lado acadêmico da Universidade aos estudantes do ensino médio e fundamental em visitas guiadas ao campus-sede, como são as formas de acesso à educação superior e a divulgação das práticas de ensino, pesquisa e extensão em estandes temáticos de acordo com o centro de Ensino.

Foram três dias de evento, entre 22 e 24 de outubro, no campus-sede, com os universitários dos mais diversos períodos dos cursos da Unimontes, sob orientação dos professores, como protagonistas nos estandes montados na “Rua do Conhecimento”, em frente aos prédios 5 e 6. Conforme balanço divulgado pela coordenação nesta terça-feira (5/11), a Universidade recebeu 3,5 mil pessoas, sendo 2,9 mil estudantesdas séries iniciais, ensino fundamental e médio e os demais visitantes entre professores, diretores, coordenadores e pais de 45 escolas públicas e colégios particulares.

Maria Clara Ferreira, aluna do 6º período do curso de Ciências Biológicas/Bacharelado, revela que teve “toda paciência possível” para responder um a um cada visitante do estande que quis saber sobre a sua carreira acadêmica.

“Foram muitas perguntas sobre o curso e respondi a todas elas mostrando o que a gente faz na prática. Vi o interesse deles, muito além da curiosidade de ver tubos de ensaios, animais empalhados, microscópios ou insetos conservados. Eu me encontrei fazendo o curso, que eu amo, e fiz questão compartilhar tudo o que sei”.

“SEM RESTRIÇÕES”

“Que bom que pude fugir da educação física somente no contexto da aula da escola”, pontuou Guilherme Carvalho, aluno do curso de Educação Física
“Muito bom mostrar algo mais, porque no ensino básico a percepção sobre o que é a Educação Física é bem restrita. Aqui, pude mostrar o curso fora do contexto escolar e todos os campos de trabalho que a profissão tem”, analisa Guilherme Carvalho, de 21 anos, aluno do 4º período do curso de Educação Física/Licenciatura.
João Tarcísio (1º à direita) e os colegas de Sistemas: “não existe isso de curso de nerd”

Para João Tarcísio Andrade, aluno do 4º período de Sistemas de Informação, a inserção quase que completa da tecnologia nas atividades do dia a dia ampliou o interesse pelos cursos da área, como pode constatar no volume de visitas ao estande do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET).

“Não existe mais o conceito de “curso de nerd” como muitos gostavam de falar de quem é ligado à informática. Ainda que o curso não esteja entre os mais concorridos ou mesmo populares, há alunos de todos os perfis”, disse Tarcísio, para depois formalizar convite aos visitantes das mesas de games do seu curso para que optem por Sistemas de Informação ou Engenharia da Computação no PAES ou no SiSU e entrem para a Unimontes.

Da UFMG, instituição convidada para o “UniDay”, Pablo Rafael Lopes é acadêmico do curso de Engenharia Agrícola e Ambiental, campus Montes Claros, e considerou o evento como “oportunidade de demonstrar seu aprendizado” aos estudantes mais novos e que ainda “não têm ideia” sobre qual carreira acadêmica seguir.

“Falo por mim: quando ainda estava na fase de vestibular tive muitas dúvidas. Se soubesse de algum evento como este, que realmente coloca os cursos na vitrine a partir dos depoimentos de quem é aluno, teria menos dificuldades. Era muito fã de mecânica, mas é um curso caro para se manter porque não tem em nossa cidade. Pesquisei sobre Engenharia Agrícola, que tem estudos diretos sobre mecanização e isso ajudou na minha escolha. Hoje, gosto do curso também pelas demais disciplinas e não trocaria de opção de jeito algum”.

“NOSSOS CALOUROS”

Já Wedson Martins, do curso de Ciências Econômicas da Unimontes, espera que alguns dos visitantes estejam como seus calouros já em 2020. “Além de falar dos campos de trabalho do economista, que não são poucos, pude falar das experiências próprias em pesquisas que participo aqui e que beneficiam a comunidade no dia a dia, como o estudo sobre a inflação, ensinar sobre economia pessoal no projeto “Finanças na Ponta do Lápis” e sobre economia empresarial com a equipe da Economontes, nossa empresa júnior”, completou o aluno do 4º período do curso noturno.

“Eu estou aqui por causa dos exemplos dos outros e gostaria de ser exemplo para que pelo menos um destes visitantes tenha saído daqui decidido a cursar Geografia”. O comentário é de Carlos Daniel Rodrigues, aluno do 6º período de Licenciatura na Unimontes, que foi um dos “cicerones” no estande do Centro de Ciências Humanas. “Tive um professor fora de série no ensino médio, que ia muito além do currículo. Já fiz a minha escolha ali e, ao receber os alunos, pude mostrar justamente isto: que o trabalho de quem faz parte da Geografia é fora da curva como aquele professor quis me mostrar. E é um trabalho inserido nas demais ciências; é vasto”.

Exemplo durante o ensino médio fez Carlos Daniel escolher o curso de Geografia