“Que as pessoas não percam a oportunidade de conhecer este espaço”, diz
O Museu Regional do Norte de Minas atingiu, na manhã desta quarta-feira (17/04), o total de 50 mil visitantes. O espaço histórico administrado pela Universidade Estadual da Montes Claros registrou o número com a visita de Rennê Flávio Lopes Santos, aluno do mestrado em Educação da própria Unimontes. Ele recebeu um souvenir como homenagem simbólica dos servidores e historiadores do Museu por ser o protagonista da memorável marca.
“Muitas pessoas ainda não sabem o que representa um museu para a sociedade como referência para a arte e para a cultura. Espero que outras milhares de pessoas, como as primeiras 50 mil, tenham uma oportunidade igual a minha de frequentar sempre que quiser e conhecer a sua própria história. Que o museu seja ainda mais divulgado e que as lideranças façam mais para ajudá-lo” disse Rennê.
Graduado em Ciências Biológicas (2002) pela Unimontes, Rennê é também pós-graduado pela Universidade e revela que a sensação foi de imensa alegria ao ser informado de que chegava ali como o visitante de número 50 mil. “Teríamos uma aula do mestrado quando cheguei ao museu e tive uma recepção tão animada do pessoal de lá. Embora seja simbólico, passo a fazer parte de um momento importante na história do Museu”, completou.
O registro de 50.000 pessoas no Museu contempla os visitantes espontâneos de praticamente todos os estados brasileiros e de mais de 20 países diferentes e os visitantes que estiveram no espaço cultural em pequenos, médios e grandes grupos, em geral estudantes de escolas públicas e particulares, universitários e integrantes de projetos sociais, que têm o acompanhamento dirigido de guias.
Todos que chegam à instituição assinam o livro que registra oficialmente a entrada de cada pessoa, desde a inauguração do Museu Regional do Norte de Minas, em 30 de setembro de 2014.
MARCA
O reitor da Unimontes, professor Antonio Alvimar Souza, entende que a marca merece ser comemorada e faz um paralelo com a própria história da Universidade. Para ele, “50 mil” é uma marca emblemática para a Universidade que, em quase 57 anos de existência (serão completados no próximo dia 24 de maio), graduou 55.241 profissionais. “O Museu Regional retrata fielmente a diversidade cultural de nossa região e funciona como um autêntico incentivo ao público para conhecer um pouco mais sobre a sua história e a sua origem como comunidade e sociedade”, pontuou o reitor.
SOBRE O MUSEU
Vinculado à Pró-Reitoria de Extensão, o Museu Regional foi instalado numa das construções mais antigas da cidade, situado no Centro Histórico de Montes Claros. No prédio datado do século XIX (1889) funcionou o primeiro grupo escolar de Montes Claros e, ainda, os primórdios da Faculdade de Filosofia e Letras (Fafil), da antiga Fundação Norte Mineira de Ensino Superior (FUNM), atual Unimontes.
No local, pode ser conferida a história do ensino superior do Norte de Minas e os materiais específicos sobre a história e as tradições dos municípios da região. Em quase quatro anos de funcionamento, além de lançamentos de livros, palestras, seminários, exposições de telas, gravuras, desenhos, vestuários, o espaço recebeu palestras, minicursos e espetáculos musicais.
Inaugurado pela Unimontes no segundo semestre de 2015, o MRNM começou a ser implantado em 1999, quando foram realizadas as primeiras obras de recuperação do antigo Casarão da Fafil, custeadas com recursos doados pelo empresário Walduck Wanderley (já falecido). A Universidade elaborou o projeto, que foi aprovado junto à Lei Rouanet. Desta forma, conseguiu viabilizar recursos para a implantação do museu, a partir de parceria com as empresas Cemig (Cemig Cultural), Telemar/Oi (Instituto Oi Futuro) e Rima Industrial.
A primeira fase do projeto foi a própria restauração do casarão, cujos serviços foram executados por empresa especializada com a supervisão do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Arquitetônico (IEPHA). Foram preservadas as características originais da construção.
A segunda etapa corresponde à implantação do Museu Regional propriamente dita, com a instalação dos eixos temáticos: “Meio Ambiente”, “Ocupação Territorial”, “Desenvolvimento Regional e Saberes”, “Fazeres e Celebrações”. Com os recursos repassados pela empresa Rima Industrial, foi montado o espaço multimídia e o espaço de exposições permanentes, localizados no primeiro pavimento do prédio.
“A equipe do Museu sente-se honrada em alcançar esta marca, e por assumir e desenvolver o compromisso de difundir e preservar o patrimônio cultural e histórico do Norte de Minas. O nosso muito obrigado a todos”, disse a historiadora Karine Dias, em nome da equipe do MRNM.