– Valor autorizado é de R$ 847,2 mil e pode ser deduzido no Imposto de Renda de empresas e pessoas físicas –
A Universidade Estadual de Montes Claros está autorizada pelo Ministério da Cultura a captar recursos para efetivar a terceira fase do projeto de implantação do Museu Regional do Norte de Minas (MRNM). A captação é feita pela Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet 8.313/91 –, cuja portaria que aprova o projeto da Unimontes foi publicada em 8 de janeiro último, no Diário Oficial da União. O valor aprovado é de R$ 847.276,53.
O recurso patrocinado será abatido no Imposto de Renda anual, com variações na dedução de 4% a 6% – pessoa física ou jurídica.
“O passo a seguir será o de sensibilizar comunidade regional, especialmente empresários, comerciantes e as pessoas físicas identificadas com a cultura, para que as doações se tornem realidade, especialmente porque poderá ser deduzida na declaração anual de IR à Receita Federal”, explica a diretora do Museu do Norte de Minas, professora Marina Ribeiro Queiroz.
ITENS
Nesta terceira etapa, segundo a coordenadora de Educação e Difusão do MRNM, Maria Clarice Rodrigues de Souza, a proposta da Unimontes é de efetivar, diante da captação do valor apresentado, promover a urbanização da área externa da sede do Museu; restaurar os espaços de oficinas e instalar o elevador para acesso das pessoas com deficiência ao segundo piso; sistema de iluminação e mobiliário.
“A proposta passa, também, pela criação do café cultural na área externa e de novos investimentos na Biblioteca Digital”, acrescenta a historiadora do Museu, Karine Rodrigues Dias.
O MRNM é registrado em 4 importantes instituições para o segmento: Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Ministério da Cultura, Secretaria Estadual da Cultura e o Conselho Internacional de Museus. Inaugurado e aberto à visitação desde 30 de setembro de 2014, o espaço recebeu 12,3 mil pessoas desde então, de 25 estados e de 14 países diferentes.
“Além da contribuição com a memória, a cultura e o desenvolvimento humano de nossa região, investir no Museu Regional Via Lei Rouanet será uma possibilidade de divulgar marcas, produtos e serviços que serão conhecidos pelo mundo afora. O investimento beneficia não apenas o apoiador e o MRNM, mas especialmente a sociedade em geral”, finaliza a diretora.
HISTÓRICO
A própria história do Museu mostra como a Lei Rouanet foi importante para sua criação. O processo de implantação iniciou em 1999, quando realizadas as primeiras obras de recuperação do antigo Casarão da Fafil, custeadas com recursos doados pelo empresário Walduck Wanderley (já falecido).
A Universidade elaborou o projeto, que foi aprovado junto à Lei Rouanet. Desta forma, conseguiu viabilizar recursos para a implantação do museu, a partir de parceria com as empresas Cemig (Cemig Cultural), Telemar/Oi (Instituto Oi Futuro) e Rima Industrial.
Já a segunda etapa correspondeu com a instalação dos eixos temáticos: “Meio Ambiente”, “Ocupação Territorial”, “Desenvolvimento Regional e Saberes”, “Fazeres e Celebrações”. Com os recursos repassados pela empresa Rima Industrial, foi montado o espaço multimídia e o local de exposições permanentes, localizados no primeiro pavimento do prédio.