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Mestrado em Desenvolvimento Social da Unimontes chega à 100ª dissertação

By DTI

March 14, 2012

O Programa de Pós-Graduação Stricto sensu em Desenvolvimento Social (PPGDS), primeiro implantado pela Universidade Estadual de Montes Claros, chega a sua centésima dissertaçaõ de mestrado. A defesa da dissertação acontecerá nesta sexta-feira (16/03), às 9 horas, no auditório do prédio 3 do campus-sede, sendo aberta ao público em geral.

O trabalho, intitulado “Amados e Amaros – a trajetória histórica, social e política de uma comunidade quilombola na garantia do direito a um território”, é de autoria da mestranda Maria Ester Santana Silveira Nascimento. No estudo, é abordado o conflito por terras vivido pelos remanescentes de escravos da comunidade Família dos Amaros, de Paracatu (MG) com posseiros e uma mineradora estrangeira. A orientadora é a professora Luci Helena Silva Martins.

PIONEIRO

O Mestrado em Desenvolvimento Social foi implantado em 2004. Atualmente, a Unimontes conta nove programas próprios de mestrados em funcionamento nas áreas de Biotecnologia, Ciências Agrárias (Produção Vegetal no Semiárido), Ciências Biológicas, Ciências da Saúde (um profissional e outro acadêmico), Zootecnia, Letras – Estudos Literários – e História.

Em 2011, entrou em funcionamento o doutorado em Ciências da Saúde, o primeiro doutorado próprio da história da Unimontes. Todos os programas são reconhecidos pela Coordenação de Capacitação de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação (MEC).

O reitor da Unimontes, João dos Reis Canela, ressalta que a marca do centésimo mestre representa, também, uma conquista para a Universidade no momento ímpar em que a instituição comemora seus 50 anos de existência. “Sem dúvida, este é um feito que deve ser compartilhado com toda comunidade acadêmica. “Os trabalhos realizados no âmbito do Mestrado em Desenvolvimento Social demonstram o compromisso da universidade com a melhoria das condições de vida nas regiões onde está inserida”, assegura João Canela, cumprimentando todos os professores, alunos e egressos do programa.

IDENTIDADE REGIONAL

Por sua vez, o professor Gilmar Ribeiro dos Santos, coordenador do programa, enfatiza que, desde que foi criado, o mestrado em Desenvolvimento Social, além de oferecer uma importante contribuição para a melhoria das condições socioeconômicas da região, estimula a produção científica e fortalece a formação de docentes e pesquisadores na universidade.

Uma questão importante ressaltada por ele está no fato de que todos os alunos e egressos do mestrado em Desenvolvimento Social executam os estudos voltados para temáticas do desenvolvimento regional. Entre outros temas, são feitas abordagens sobre violência urbana, educação e comunidades tradicionais, como quilombolas e geraizeiros.

“São realizados trabalhos que, a partir de estudos científicos, oferecem aos órgãos públicos e Organizações Não-Governamentais (ONGs) uma intervenção mais qualificada nos municípios – tanto na área urbana como na zona rural – e mesmo em comunidades específicas, como as áreas quilombolas”, afirma o professor Gilmar Ribeiro dos Santos, ressaltando a relevância do programa para a melhoria das políticas públicas.

Graduada em História, Maria Ester Nascimento iniciou em 2010 sua pesquisa sobre os conflitos de terra na área dos quilombolas da Família dos Amaros. A problemática se arrasta desde os anos 40, quando a área de 720 hectares foi invadida por posseiros. Mais tarde, a ação de uma mineradora também passou a ser outra resistência para a recuperação das terras. Alvo de ações no Ministério Público para sua reintegração, a área é reconhecida como território de identidade de remanescentes de escravos.SERVIÇO:Evento: Solenidade comemorativa da 100ª dissertação do Mestrado em Desenvolvimento SocialLocal: Auditório do Prédio 3 (CCET) do campus-sedeDia: 16 de março de 2012Horário: 9 horas