Mestrado de Geografia debate qualificação profissional em “workshop”

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) já titulou 43 profissionais como mestres no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO), cujas atividades foram iniciadas em 2014. Neste ano, mais 15 alunos ingressaram ao mestrado, com início das atividades em março, durante o workque teve como objetivo “avaliar o desempenho do curso, além de planejar as atividades e do compartilhamento de informações estratégicas”.

O coordenador do PPGEO, professor doutor Marcos Esdras Leite, destaca os resultados do programa. “A avaliação é altamente positiva, pois dos 43 egressos do mestrado em Geografia, 11 já estão matriculados em doutorados entre as instituições mais importantes do País”, afirma Esdras. Ele cita a Universidade de São Paulo (USP) e as universidades federais de Uberlândia (UFU) e de Goiás (UFGO), além da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas).

Além disso, lembra, egressos do programa estão inseridos no mercado de trabalho como docentes em institutos federais e em outras instituições de ensino. “Isso demonstra que há na região uma demanda de cursos de mestrado para os graduados em Geografia e áreas afins”, afirma.

Durante o workshop, realizado no prédio 2 do campus-sede (Centro de Ciências Humanas/CCH), foi apresentada aos novos alunos a estrutura do programa, que tem como finalidade formar profissionais em nível de excelência para a produção de pesquisas científicas em Geografia, tendo em vista a produção e dinâmica do espaço.

AVALIAÇÕES DA CAPES

Dentre os pontos específicos da pós-graduação no Brasil, periodicamente, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) realiza avaliação da qualidade dos programas de mestrado e doutorado, que são classificados com notas que variam de 1 a 7. Cursos com notas 6 e 7 são considerados de excelência internacional e, com notas 3, 4 e 5, atendem ao padrão de qualidade exigido pela Capes. A nota 5 é a máxima para programas de pós-graduação que oferecem apenas o mestrado. Ter nota mínima de 4 é exigência para que um programa de pós-graduação possa iniciar o doutorado.

“A avaliação é feita levando em conta um conjunto de indicadores específicos para cada área, como produção bibliográfica de estudantes e de professores; nível de formação do corpo docente e o número de disciplinas oferecidas. Esta avaliação serve como referencial para a distribuição de recursos e bolsas por agências de fomento à pesquisa e instituições de ensino superior”, explica o coordenador. Neste sentido, enfatizou a importância do envolvimento e comprometimento dos discentes e docentes no processo de melhoria dos indicadores do programa.

PERSPECTIVA E PESQUISA

Na oportunidade, também foram abordadas as expectativas dos alunos. Para Lucas Augusto, novo mestrando e egresso do curso de Geografia da Unimontes no campus de Pirapora (Norte de Minas), o programa de pós-graduação “ampliará as oportunidades de atuação no mercado de trabalho”. Por esta razão, revelou, está motivado e comprometido a auxiliar o PPGEO na busca pela melhoria dos seus indicadores.

A mestranda Valéria Aparecida Moreira Costa, que ingressou no PPGEO na turma de 2018, disse que já iniciou pesquisa que tem como tema as regiões metropolitanas institucionalizadas em cidades médias. O estudo busca compreender a viabilidade da “Região Metropolitana de Montes Claros, considerando o Projeto de Lei Complementar (PCL – nº 11/2015) que está em tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais”.

Para Valéria Costa, o workfoi um momento importante para o mestrado em Geografia da Unimontes, pois representou “uma oportunidade para nivelamento de informações relevantes no realinhamento da conduta de professores e alunos na busca pela melhoria do programa de pós-graduação”.