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Mercado de trabalho de Montes Claros teve saldo de 681 empregos em setembro

By Ascom Unimontes

November 23, 2021

No mês ocorreram 3.610 admissões e 2.929 desligamentos, mostra estudo

Em setembro de 2021, o mercado de trabalho de Montes Claros apresentou um saldo positivo de 681 novos postos de trabalho. Ocorreram 3.610 admissões e 2.929 desligamentos.  Foi o melhor saldo do mês de setembro dos últimos nove anos, com exceção de 2020, impactado pela pandemia do Novo Coronavírus (COVID-10). 

É o que mostra a nova edição do Boletim do Observatório do Trabalho do Norte de Minas (OTNM), da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O levantamento mensal é realizado pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Administração (Gepad), vinculado ao Departamento de Ciências da Administração.

O estudo revela que a taxa de crescimento das contratações na cidade (7,4%) permanece acima do percentual de demissões (6%).O professor Roney Versiani Sindeaux, um dos responsáveis pela pesquisa, ressalta que no trimestre entre julho e setembro de 2021 o índice de crescimento das admissões em Montes Claros foi superior aos percentuais de aumento das contratações no Norte de Minas, em Minas Gerais e no Brasil, que tiveram um saldo negativo em setembro.

“No entanto, evidenciando a complexidade do cenário local, a taxa de crescimento dos desligamentos também foi superior aos dos demais locais comparados, exceto para o Norte de Minas em agosto”, ressalta o professor Sindeaux, que coordena o estudo juntamente com o professor Rogério Martins Furtado de Souza.

Por outro lado, afirma o pesquisador do OTNM/Unimontes, o saldo da elevação percentual das admissões em Montes Claros ao longo dos primeiros nove meses de 2021 ainda ficou abaixo do crescimento do Norte de Minas em Minas Gerais e  no Brasil, mas, já atingiu 4% no ano e quase 5,5% em relação a dezembro de 2019.

“Uma analise mais detalhada da evolução das admissões e desligamentos mês a mês permite identificar que as principais discrepâncias no ritmo de crescimento de Montes Claros em relação ao Norte de Minas, Minas Gerais e Brasil ocorreram no período de janeiro a março, quando o volume de admissões ficou abaixo do percentual daqueles espaços geográficos, enquanto que os desligamentos em janeiro e fevereiro foram percentualmente maiores”, comenta o professor Roney Sindeaux.

Mulheres em vantagem 

Em setembro, foram admitidos 1953 homens (54,1% do total) e 1657 mulheres (45,9% do total) e desligados 1653 homens (56,4%) e 1276 mulheres (43,6%). Um fato verificado no mercado de trabalho em Montes Claros durante o mês foi que as mulheres responderam pela maioria (56%) do saldo das admissões – 381 novas profissionais com carteira assinada e 300 homens (44%) contratados.

Observou-se que o  resultado positivo para as mulheres se concentrou na faixa etária de 18 aos 39 anos, admitidos, principalmente, para trabalharem em microempresas do setor de serviços e no comércio e em grandes empresas industriais. No entanto, houve um volume significativo de contratações na faixa salarial de até 0,5 salário mínimo.

Para os trabalhadores do sexo masculino, o maior volume do saldo de contratações ocorreu principalmente nas microempresas dos setores industrial e de serviços e nas grandes empresas industriais.

Ainda para os homens, a maior modalidade de desligamento é “sem justa causa”. Para as mulheres, as maiores modalidades de desligamento são “sem justa causa” e “a pedido”, sendo quase equivalentes e abrangendo principalmente a faixa salarial de até 1 salário mínimo.

Quanto ao perfil do trabalhador que obteve o melhor resultado no mês na relação entre admissões e desligamentos, os profissionais com idade entre 18 e 29 anos, com ensino médio completo e remuneração entre 1 e 1,5 salários mínimos, permanecem na preferência das contratações. As maiores perdas permanecem na faixa etária acima dos 30 anos e com baixa escolaridade.

Os setores que mais empregaram foram a indústria (saldo de 336 postos de trabalho), serviços (248) e comércio (149). Apresentaram saldo negativo os setores de construção civil (-35) e agropecuário (-17).

Foto de capa – (Crédito Fábio Marçal/PMMC)