Teve início a segunda fase de implantação do Centro de Estudos de Convivência com o Semiárido (CECS), criado pelo Governo do Estado em parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). Para esta etapa dos trabalhos foram liberados R$ 774,6 mil, através da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A iniciativa também conta com a participação da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) e da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino Superior do Norte de Minas (Fadenor).
Instalado na sede da Unimontes, o Centro de Estudos de Convivência com o Semiárido faz parte da estratégia de “Polos de Inovação” – integrado à Rede de Inovação Tecnológica –, um dos projetos estruturadores do Governo de Minas Gerais cuja execução está sob responsabilidade da Sectes. O objetivo da iniciativa é de concentrar competências para realizar atividades que venham modificar a dinâmica de desenvolvimento das áreas que enfrentam as estiagens prolongadas, com a realização de estudos técnicos e socioeconômicos, pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica, assim como a capacitação de recursos humanos.
As ações são voltadas para as regiões atendidas pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e do Norte de Minas – Sedvan. As mesmas regiões também estão situadas na área de abrangência da Unimontes.
Na primeira fase de implantação do projeto, iniciada em novembro de 2008, foram liberados pelo Governo do Estado cerca de R$ 1 milhão, que foram aplicados na estruturação e consolidação do Centro de Estudos. Entre outras atividades, houve a elaboração dos planos diretores do Centro Integrado de Convivência com a Seca (CICS) – demandado pela Sedvan –, e do Centro de Estudos de Convivência com o Semiárido (CECS), com a realização de um workpara discutir o tema. Também foram desenvolvidos trabalhos de pesquisas para formação de um banco de dados unificado sobre o semiárido, a criação de um “hotsite” para discussão de assuntos relacionados ao tema e a divulgação do projeto junto aos diferentes segmentos da sociedade.
Conforme explica o coordenador do Centro de Estudos de Convivência com o Semiárido, professor Expedito José Ferreira, a proposta de trabalho na segunda fase tem como meta dar continuidade às ações da gestão da ciência, estudos técnicos e inovação tecnológica nos diversos campos de conhecimento de interesse, assim como a estruturação definitiva do CECS. A segunda etapa dos trabalhos vai até julho de 2013.
DIAGNÓSTICO E BANCO DE DADOS
“Os recursos liberados pela Fapemig para a segunda fase do Centro de Estudos serão aplicados na elaboração de um diagnóstico regional, que vai levantar toda a produção de conhecimentos do Norte de Minas em termos de disponibilidade de recursos hídricos, degradação ambiental, potencial da agricultura familiar, alternativas sustentáveis e oportunidades de investimentos na região. Enfim, será traçada em detalhes a realidade do semiárido norte-mineiro”, afirma Expedito, que também integra o departamento de Geociências da Unimontes.
Ele salienta que o diagnóstico vai permitir a montagem de um banco de dados unificado do semiárido norte mineiro. “O objetivo é que todas as instituições do Norte de Minas, do Estado e do Brasil possam acessar as informações no sentido de elaborar projetos voltados para o desenvolvimento regional”, explica o coordenador do CECS.
SERVIÇO
2ª fase de implantaçãoCentro de Estudos de Convivência com o SemiáridoCoordenador: professor Expedito José FerreiraContato: (38) 3229-8130