Willer conta que a tecnologia sempre fez parte de sua vida. Agora virou um negócio (fotos: Andrey Librelon/Unimontes)

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“Já Em casa”: startup germinada na Unimontes gera modelo de negócio

By DTI

November 26, 2014

Apple, Microsoft e milhares de empresas tecnológicas que surgiram em garagens de casas dão hoje ao mundo uma contribuição equivalente à que a revolução industrial ofereceu em meados dos séculos XVIII e XIX à humanidade. Remontando a história, a revolução industrial se deu com a substituição do trabalho artesanal pelo uso das máquinas. Atualmente, se fala em aplicativos, smartphones ultra modernos, tablets e computação na nuvem.

Toda essa história tem a ver com empreendedorismo e, claro, com a Unimontes. Isso por conta de uma das iniciativas acadêmicas germinada em sala de aula, que tomou forma na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica (Inemontes) e já ganhou o mercado. Um serviço web, que deve se transformar em breve em um (app), criado pelo acadêmico do 6º período de Sistemas de informação, Maycon Willer Ribeiro Machado, demonstra que a Revolução Industrial – estudiosos crêem que presenciamos sua terceira fase – não foi em vão, e que a tecnologia mais agrega e expõe facilidades que antes inexistiam.

Natural de São Francisco (Norte de Minas), Willer conta que a tecnologia sempre fez parte de sua vida. Lembra que perdia horas diante de videogames, jogos portáteis e jogos on-line. “Desde o ensino médio já pensava em desenvolver algo na área de tecnologia. Sempre quis inventar ou criar um jogo próprio. Resolvi optar pela área de tecnologia para aprender a fazer meus próprios produtos”, lembra. Para ele, o ingresso no curso de Sistemas de Informação da Unimontes foi “a deixa” para colocar a ideia para funcionar.

“Já Em Casa”, aplicativo criado por Willer em parceria com o co-fundador Lucas Viana, que é de Janaúba (também no Norte de Minas) e cursa Engenharia de Computação (PUC-Minas), é um sistema de pedidos de delivery on-line, que conecta os clientes aos principais restaurantes e lanchonetes de Montes Claros.

A vontade de criar produtos, atrelada ao conhecimento em programação, deu escoamento à criação de um projeto que atendesse necessidades próprias e das pessoas. “Fizemos uma pesquisa e estamos avaliando essa brecha existente na cidade”, revela Maycon Willer. A dupla empreendedora quer ir mais longe.

Produto

As pesquisas e o desenvolvimento do projeto começaram a partir de outubro de 2013. E tiveram um “empurrão” do professor Alcino Moura Júnior, que ministra a disciplina Marketing na Informática. “Em nossa disciplina, os acadêmicos são incentivados a desenvolver um tipo de negócio. E foi a partir da abertura do edital da Inemontes e de uma atividade em sala de aula que o projeto foi contemplado. Penso que a Universidade precisa estar aberta a essas novas demandas. Projetos como o “Já Em Casa” devem sair da sala de aula e ganhar, efetivamente, a atenção da sociedade”, projeta Alcino.

O professor tem razão. Ao fortalecer ideias como a dos acadêmicos, a Unimontes e a Inemontes reforçam o papel institucional de apoiar projetos e empreendimentos, cujos produtos, processos ou serviços sejam de base tecnológica. Além disso, vale destacar que os projetos que brotam da Universidade geram novos negócios para futuro e estimulam a transformação de ideias e tecnologias em produtos.

Como funciona

Seja qual for a plataforma do usuário (iphones, computadores convencionais, tablets, note-books, entre outros), com poucos cliques o usuário seleciona o restaurante, escolhe o que quer consumir e finaliza seu pedido. “O cliente só precisa buscar um estabelecimento que atenda a sua região e escolha a forma de pagamento. A partir daí, é só aguardar que o restaurante irá entregar seu pedido na porta da sua casa”, explica o acadêmico empreendedor. Para segurança do próprio usuário e empresário, um mecanismo de alerta do pedido chega por SMS e por e-mail.

Incubadora

Cientes da viabilidade da startup, os gestores acreditam que a principal dificuldade agora está em executar a ideia, que já contabiliza resultados e tem um cliente fixo. “Fizemos contato com o Instituto para o Desenvolvimento de Empresas de Base Tecnológica (IEBT), de Belo Horizonte, que é referência nacional, para estudar a viabilidade técnica e econômica do nosso aplicativo. A consultoria O do IEBT foi viabilizado a partir de parceria com a Inementos. “O estudo que está em desenvolvimento em breve apresentará parâmetros importantes para o bom andamento do negócio”, explica Willer.

A startup ainda está em fase de incubação na Inemontes. O prazo termina em março de 2015. “A incubação é importante, pois criamos maturidade para buscar informação mercadológica. Isso motivou a procura de parceiros estratégicos. E lá aprendemos como fazer isso”, revela o acadêmico, que acredita no espírito empreendedor desenvolvido na Inemontes. “Sinto a falta de coragem e vontade dos empreendedores em formalizar novas parcerias com startups em Montes Claros”, relata.

Após a fase de incubação, a expectativa dos acadêmicos é fechar com pelos menos 100 novos clientes e atingir a meta de 10 mil usuários até o final de 2015. “Vamos expandir o serviço para todo o Norte de Minas e migrar o serviço do site para um aplicativo móvel, o que facilitará a vida de muita gente”, projeta Maycon.