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Internacionalização: Unimontes recebe visita de embaixador da Universidade de Salamanca

By Ana Elisa Carvalho de Navarro

May 20, 2019

“A Universidade precisa se inserir no contexto social e político da transformação da vida das pessoas. Temos o desafio de convencê-las de que o conhecimento e a pesquisa produzidas na universidade não são apenas nossos, mas de todos”. Foi com esta frase que o reitor da Unimontes professor Antonio Alvimar Souza abriu um encontro de cortesia, na manhã desta sexta-feira (16/5), quando recebeu o embaixador da Universidade de Salamanca (Espanha) para o Brasil, professor Ricardo Muñoz Singi. O encontro aconteceu na Sala dos Conselhos, prédio da Reitoria. 

Além de integrantes da Gestão Superior da Universidade, o encontro contou com a presença de representantes do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG). Na oportunidade, foram discutidas as oportunidades de desenvolvimento de ações conjuntas com a instituição de Salamanca, que é uma das universidades mais antigas do mundo. Comemorou 800 anos de existência em 2018. 

O professor Ricardo Singi agradeceu a honra de ter sido recebido pela Unimontes. Isso porque, na quinta-feira (16), participou da abertura do Fórum de Desenvolvimento Sustentável. “Nossa intenção é fortalecer cada vez mais os laços com outras instituições”, disse ele. “Todas as discussões sobre o desenvolvimento passam pela universidade, onde são formados os bons profissionais. A universidade é a instituição mais importante do País”, enfatizou. 

O reitor da Unimontes ressaltou a importância da parceria e aproveitou para destacar a importância do papel das instituições de ensino superior na vida das pessoas. “A universidade precisa usar todo o seu instrumental para colaborar na construção de um mundo que gostaríamos de ter”, disse o reitor Alvimar. 

Segundo ele, “o desenvolvimento não pode estar dissociado de uma formação de consciência crítica. Não podemos criar uma maior sensibilidade nas pessoas se não contribuirmos no processo de aprimoramento do seres humanos. Esse processo passa, exatamente, pelo contato com a ciência. Nascemos potencialmente humanos e, no decorrer de nossas vidas, precisamos desenvolver essa humanidade”. 

“MOMENTO TURBULENTO” E ENFRENTAMENTOS 

O reitor lembrou, ainda, da perspectiva de abrangência da Universidade, que atua numa região que enfrenta carências, estando próxima de comunidades que não contam, por exemplo, com serviços básicos como água potável. Citou também que a instituição mantém o Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), único da cidade com atendimento 100% gratuito pelo Serviço Único de Saúde (SUS), que assiste a uma região com população de 1,6 milhão de habitantes. 

“O Brasil vive um momento muito turbulento, de ânimos políticos acirrados, que acabam obscurecendo o essencial. No calor dos protestos, muitas vezes, nos perdemos e deixamos de pensar sobre o que é essencial para a vida das pessoas, que segue, naturalmente. Muitas vezes, esquecemos do homem que precisa pegar o ônibus todos os dias, do pai de família que pega sua bicicleta para ir ao trabalho ou mesmo do estudante que precisa ir à escola. Independente do cenário político, essas pessoas continuam com suas rotinas, seus afazeres”, ponderou o reitor da Unimontes. 

Ainda durante o encontro, a coordenadora do Núcleo de Intercâmbio e Cooperação Internacional (NIC) da Unimontes, professora Maria ngela Figueiredo Braga, destacou que a Unimontes prepara a renovação de convênio firmado com a Universidade de Salamanca. “Vamos manter as ações conjuntas, difundindo o conhecimento, cujo objetivo é transformar vidas”, afirmou a professora Maria ngela. 

A coordenadora de Relações Internacionais do Instituto Federal do Norte de Minas, Roberta Santos, acrescentou que a entidade iniciou parceria com a instituição espanhola. A relevância da cooperação internacional foi enaltecida pelo diretor-executivo do IFNMG, professor Kleber Carvalho dos Santos.