Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

Inflação de janeiro supera a do último mês de 2018, revela Índice de Preços da Unimontes

– Percentual teve alimentos como “vilões”; impostos e taxas também pesaram –

 O primeiro mês de 2019 teve uma inflação de 0,64% em Montes Claros. O dado divulgado nesta semana é do relatório do setor de índice de Preços ao Consumidor (IPC), do Departamento de Economia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Em comparação com o mesmo período do ano passado, houve queda no percentual. Em janeiro/2018, a inflação na maior cidade do Norte de Minas foi de 0,79%.

No entanto, se a relação for com a última medição de 2018, houve acréscimo na inflação. Em dezembro de 2018, o índice em Montes Claros foi de 0,57%.

PESO

Para avaliar o custo de vida em Montes Claros, o IPC/Unimontes considera os grupos Alimentação, Vestuário, Habitação, Artigos de Residência, Transporte e Comunicação, Saúde e Cuidados Pessoais e Educação e Despesas Pessoais.

O grupo “Alimentação” aparece como o de maior peso para a inflação de 0,64% no mês anterior, contribuindo com cerca de 65% para o índice registrado. Quanto os produtos in natura, os preços da cenoura (35,9%), andu (33,33%), abacate (32,81%) e abacaxi (30,46%) foram os de maiores variações nos últimos trinta dias. Entre os industrializados, o peso maior foi do leite longa vida, com variação positiva de 3,29%.

CONFIRA

Numa análise específica sobre a cesta básica, que é composta pelos 13 itens considerados essenciais para a alimentação, o gasto para adquiri-la em Montes Claros representa, atualmente, 31,32% do atual salário mínimo.

MAIS – Numa análise geral, há ainda outras variações consideráveis segundo o relatório correspondente a janeiro/2019: valor de escrituras (9,65%), assistência odontológica (15%), medicamentos antidepressivos (5,13%), serviço de moto táxi (20%) e taça de licenciamento (9,41%) e seguro DPVAT (63%).

O IPC/Unimontes é feito com base na pesquisa de preços de produtos, bens e serviços em 400 estabelecimentos comerciais da cidade, com coleta de dados sempre no primeiro dia de cada mês. A equipe é formada por oito pesquisadores coordenados pela professora Vânia Silva Vilas Bôas Lopes. O cálculo é feito com base no rendimento de famílias entre 1 e 6 salários mínimos.