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Fórum destaca como universidades podem impulsionar a economia e aperfeiçoar o acesso ao fomento

By DTI

June 06, 2018

O Governo de Minas Gerais investe no incremento da economia criativa, aproveitando o potencial das universidades no desenvolvimento de soluções para as empresas. A proposta foi destacada pelo secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sedectes), Vinícius Rezende, ao abrir o Fórum de Desenvolvimento da Área Mineira da Sudene, na noite dessa terça-feira (5/6). O evento acontece no auditório da Associação da Área Mineira da Sudene (Amams), no Bairro Ibituruna, onde prossegue até a noite desta quinta-feira, com palestras, mesas redondas, minicursos e apresentações de trabalhos científicos (dissertações e teses).

O Fórum tem a Universidade Estadual de Montes Claros como uma das organizadoras. O objetivo é discutir as propostas de desenvolvimento para o Norte de Minas e demais regiões de abrangência da Sudene, a partir das potencialidades econômicas e das iniciativas empreendedoras.

A iniciativa tem como parceiros oficiais o Banco do Nordeste, Amams, Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI), Sudene e o Governo de Minas Gerais, por intermédio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com o apoio da Sedectes e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste (Sedinor).

O reitor da Unimontes, professor João dos Reis Canela, participou da abertura juntamente com o diretor de administração da Sudene, Antônio Magalhães Ribeiro; o superintendente do Banco do Nordeste para Minas e Espírito Santo, João Nilton Castro; o presidente da Amams, Marcelo Félix (prefeito de Januária); o presidente da ACI, Newton Amaral Figueiredo, e os deputados estaduais Gil Pereira e Carlos Pimenta.

Confira

Na oportunidade, o titular da Sedectes enfatizou que o Governo de Minas Gerais investe no desenvolvimento da diversidade da economia, visando maior geração de emprego e a expansão industrial. Nesse sentido, trabalha em parceria com as universidades, entre elas a Unimontes.

ARTICULAÇÃO

“A Sedectes tem usado as universidades mineiras, sejam estaduais ou federais, como válvula para fazer com que a economia do Estado seja cada vez mais pujante”, afirmou. Segundo ele, a meta é estabelecer uma articulação entre as grandes empresas e indústrias e médias empresas e, a partir das dificuldades levantadas, buscar soluções dentro das universidades, por meio das empresas de base tecnológicas, as startups. A intenção também é viabilizar contratos entre as startups e as grandes empresas.

O professor Marcos Fábio Martins Oliveira, chefe do Departamento de Economia da Unimontes e um dos organizadores do Fórum, ressalta que o encontro tem como um dos principais objetivos integrar as ações voltadas para o desenvolvimento do Norte de Minas. “Temos muitas idéias, temos muitos organismos públicos, mas sem que eles se comuniquem entre si. Nós precisamos reforçar as ações do Governo de Minas junto às agências federais, que são o Banco do Nordeste e a Sudene”, disse Marcos Fábio.

“Muitas vezes, Minas não chega a apresentar projetos. Ou seja, o Governo do Estado deixa de investir na região recursos que seria captados junto ao Governo Federal por falta de projetos”, frisou.

O chefe de Departamento de Economia da Unimontes citou que a proposta é estimular, por exemplo, a instalação no Norte do estado de um núcleo de tecnologia. “Se criarmos este núcleo na Área Mineira da Sudene, o Banco do Nordeste e a Sudene poderão aportar na região recursos em condições restritas, que não poderão ir para nenhuma outra região de Minas. Desta forma, estamos perdendo oportunidade de recursos por falta de integração”, concluiu.

PRODUTIVIDADE E CRESCIMENTO DA ECONOMIA

A palestra de abertura do Fórum de Desenvolvimento da Área Mineira da Sudene foi proferida pelo economista-chefe do Banco do Nordeste, Luiz Esteves. Apresentando números, ele abordou os principais aspectos do crescimento econômico do Brasil ao longo das últimas décadas. Destacou que, além da necessidade de elevar os investimentos, o País tem como grande desafio o aumento da produtividade e elevação do Produto Interno Bruto (PIB).

Luiz Esteves também ressaltou que umas questões enfrentadas no Brasil é o envelhecimento da população, com a redução das pessoas da chamada economia ativa. Segundo ele, há 30 anos, o País contava com 10 pessoas em idade produtiva para a manutenção de cada aposentado. Hoje, o Brasil tem cinco indivíduos inseridos no mercado de trabalho para cada aposentado.