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Fapemig contempla pesquisa sobre saúde do adolescente no Quilombo da Lapinha

By DTI

September 26, 2013

A Universidade Estadual de Montes Claros é uma das instituições contempladas pelo Edital/07-2013– “Apoio a projetos de Extensão em interface com a Pesquisa” da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. Foi aprovada a proposta “Trajetórias de adolescentes no Quilombo da Lapinha”, do departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva.

Ao todo, 56 projetos foram aprovados, o que representa um investimento de R$ 2 milhões. O projeto da Unimontes foi beneficiado com recursos da ordem de R$ 34.545,63. 

A professora Cristina Sampaio, coordenadora do Departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva salientou que o projeto “Trajetórias de adolescentes no quilombo da Lapinha” será desenvolvido ao longo de 18 meses e tem como objetivo principal realizar atividades de extensão e pesquisa junto à população tradicional do Quilombo da Lapinha, no município de Matias Cardoso, no Norte de Minas Gerais.

Além da professora Cristina Sampaio estão envolvidos na pesquisa os professores Maísa Tavares de Souza, do departamento de Enfermagem, Igor Caldeira Soares, do departamento de Saúde Mental e Saúde Coletiva e três acadêmicos do curso de Medicina da Unimontes. 

De acordo com a proposta aprovada, serão levantadas as especificidades culturais dos quilombolas no que se refere ao conjunto de crenças sobre as práticas e cuidados relacionados à gravidez na adolescência e no parto. “Serão ministradas capacitações e oficinas envolvendo adolescentes quilombolas, acerca de gravidez, parto e sexualidade. Ações que resultarão na produção de materiais informativos e cartilhas de educação em saúde, qualificando os participantes a atuarem como agentes multiplicadores na discussão da saúde da adolescente” observou a coordenadora.

A pesquisa irá propor novos desafios para o Quilombo, ao mesmo tempo em que estará registrando as representações das adolescentes quilombolas sobre a gravidez e o parto, mediante as narrativas sobre histórias relacionadas às práticas e cuidados familiares de suas mães e avós. “Com esse registro, estaremos conhecendo a realidade social e ambiental do cotidiano da população local”, concluiu Cristina Sampaio.

O projeto está no grupo de pesquisa do CNPq “Saúde Coletiva e Atenção Primária à Saúde”.