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Empreender na Universidade, eis o desafio proposto durante o Fepeg

By Andrey Librelon

November 14, 2019

Gerar negócios a partir de iniciativas da Universidade. O 13º Fórum de Ensino, Pesquisa, Extensão e Gestão, um dos maiores eventos acadêmicos da Unimontes e do Estado, trouxe ensinamentos, ideias e desafios para implementação na Universidade. Mesa redonda realizada dentro do Fórum discutiu a temática “Empreender na Universidade: o que fazer?”, talvez uma das temáticas mais desafiadores da atualidade para as Universidades do país. Mas não impossível, como foi sugerido.

Um sequência de palestras, debates e discussões com docentes, acadêmicos e profissionais que já atuam na área propôs uma leitura minuciosa do momento, que interessa a todos. “Empreender na Universidade reverbera na sociedade. Não há mais como criar um paper (artigo acadêmico) que ignore as dores do mercado. A produção científica também não deve ficar restrita à academia, mas resolver problemas”, trouxe o professor da Unimontes, Allysson Steve Mota, que abordou o tema “Empreendorismo no sertão: como exportar serviços para o mundo”, um case bem sucedido de empresa local que atende clientes nos Estados Unidos e Europa.

Diretora executiva da Incubadora de Empresa de Base Tecnológica (Inemontes), a professora Sara Gonçalves Antunes mediou os debates dos temas das palestras “A experiência Biomult na Agricultura”, por Isac Pereira Soares (Empresa Biomult), “A vivência de incubação da Monvet, do professor e assessor técnico da Inemontes, Dario Alves de Oliveira e também conduziu palestra sobre Empreendedorismo na Unimontes. 

Evaldo Vilela, presidente da Fapemig, e Sara Antunes, diretora executiva da Inemontes

Palestra âncora

Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa em Minas Gerais (Fapemig), professor Evaldo Vilela abordou “O papel da Academia na Transferência do conhecimento para startups”. Durante a palestra, destacou o “imperativo da inovação no setor público, que segundo ele deve ser guiada por “inovações orientadas por uma decisão, de cima para baixo, como ir à lua, busca da cura da Aids, carro elétrico, orientadas para a melhoria incremental (eficiência energética), adaptativas (cidades inteligentes, mudança climática) e antecipatórias,  com pensamento fora da caixa e à frente do tempo (longevidade, digital word, novas profissões)”.

Segundo Vilela, a nova realidade exigirá dos gestores competências-chave para a inovação no setor público, como interação, foco no usuário (solução de problemas reais e entrega de resultados, curiosidade (hipótese), narrativas (contar estórias e promover significados novos) e enfrentar o desafio de combater a inércia estabelecendo parceiras originais.

“Me surpreendi. É importante pra gente saber que os professores da universidades estão buscando o empreendedorismo para um bem social. Pude ver também a luta da Universidade em conseguir apoio para o desenvolvimento tecnológico e da ciência. É importante que os acadêmicos também tenham interesse na área de pesquisa e saiam da zona de conforto, que estejam dispostos a resolver problemas da sociedade com suas ideias. Não tenho dúvida de que a pesquisa é importante para o desenvolvimento da instituição”, descreve Caio Silva, acadêmico do 1º período de Administração da Unimontes, que acompanhou com entusiasmo a mesa-redonda realizada no 13º Fepeg.