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Em visita especial, terno de catopês muda a rotina do campus-sede da Unimontes

By DTI

August 18, 2017

A comunidade acadêmica do campus-sede da Universidade Estadual de Montes Claros vivenciou uma experiência especial na tarde dessa quinta-feira (17), com a visita do Terno de Catopês Nossa Senhora do Rosário, do Mestre Zanza, um dos principais protagonistas das Festas de Agosto de Montes Claros, realizadas há quase dois séculos. Por cerca de duas horas, os catopês desfilaram por todos os prédios do campus-sede, acompanhados por professores, alunos, servidores, colaboradores e visitantes.

Com bandeiras, tambores e pandeiros, o desfile com aproximadamente 30 catopês, mestres e contramestres, foi uma das atividades do projeto “A Gosto da Unimontes”, iniciativa da Universidade para divulgar as atividades de valorização da cultura popular. Todos os ambientes foram visitados: prédios 1, 2, 3 e 6, Biblioteca Central, Reitoria e Centro Esportivo. Após o cortejo, foi servido um lanche coletivo para os catopés e comunidade acadêmica.

Aos 84 anos, João Pimenta dos Santos, o Mestre Zanza, fez questão de acompanhar todo o percurso e se revelou admirado pela recepção que encontrou na Unimontes. “Fazia muitos anos que eu não passava por aqui. Antes eram poucos prédios e só. Muita coisa mudou para melhor”, disse o chefe do primeiro Grupo de Catopês da cidade, ao ser recebido em encontro com o reitor João dos Reis Canela.

“As Festas de Agosto consistem em uma das manifestações mais genuínas que Montes Claros preserva. Mostram a verdadeira riqueza da nossa cultura e das nossas tradições, reconhecidas e valorizadas por nossa universidade. Este é um momento único para a comunidade acadêmica ao acolher, de forma especialmente afetiva, o Mestre Zanza e o seu terno de catopês”, comentou o reitor.

Confira

À frente, comandando os ritmos, passos e as músicas, Marcos Pimenta Borges é um dos contramestres do Terno. Vivencia o universo dos catopês desde o berço. Afinal, ele é um dos netos do Mestre Zanza e desfila pelas ruas da cidade desde os seus quatro anos. “Somos 23 netos, mas quis o destino que somente meu irmão e eu seguíssemos a tradição do meu avô. Considero como um dom e jamais vou abandonar isto”, disse Marcos, ao revelar que nestes 26 anos como catopê nunca perdeu um desfile do terno de catopês.

O Terno de Nossa Senhora do Rosário é um dos três grupos de catopês existentes na cidade: 1º Grupo Nossa Senhora do Rosário, do Mestre Zanza; 2º Grupo Nossa Senhora do Rosário, do mestre Joaquim Faria; e 3º Grupo de São Benedito, do mestre Wanderley Ferreira do Nascimento. A festa também conta com os ternos de Marujos: 1ª Marujada do Divino Espírito Santo, do Mestre Tim; 2ª Marujada do Divino Espírito Santo, do Mestre Zé Hermínio; e Grupo de Caboclinhos do Divino Espírito Santo, chefiado por Maria do Socorro Pereira Domingos (Cacicona Socorro).