A história do patrimônio cultural de Montes Claros durante 32 anos, entre os anos de 1980 e 2012, é o tema da tese defendida e apresentada, na primeira semana de julho, pela professora Filomena Luciene Cordeiro, da Universidade Estadual de Montes Claros, em sua conclusão do doutorado em História junto à Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Sob o título “Outras histórias Sobre Poder e Memória: as Instituições Arquivistas e os Lugares da Memória de Montes Claros – 1980/2012”, o estudo tem como referência documentos da Câmara Municipal do Arquivo Público Vereador Ivan José Lopes, além de análise de fotografias, atas e livros de memorialistas.
“A relevância do trabalho, a nosso ver, consiste em colocar em movimento as categorias historiografia, poder, memória e patrimônio cultural/documental para articular esses conceitos com as vivências sociais”, salientou a professora Filomena Cordeiro. Ela observou, ainda, que “essa articulação possibilita ao estudo trazer “cheiro de gente” a um tema técnico e operacional, além de estimular outras problemáticas sobre a questão em pauta”.
Capítulos – A tese “Outras histórias sobre poder e memória” contém três capítulos: “Arquivos públicos municipais de Montes Claros: transparência da administração pública e expressão cultural da cidade”; “Entre monumentos e documentos: disputas pelos lugares de memórias em Montes Claros” e “Acervo do Arquivo Público Vereador Ivan José Lopes e a produção historiográfica: os embates pela memória e o preço do esquecimento”.
A professora Filomena Cordeiro ingressou na Universidade Estadual de Montes Claros como estagiária em 1992, onde, até o ano de 1994, prestou serviços na área de montagem dos arquivos da instituição. Graduou-se na Unimontes no curso de História em 1994, e, no período de 1995 a 2007, já concursada, continuou trabalhando junto à Diretoria de Documentação e Informações (DDI). A partir de 2011 passou a integrar o departamento de História da Unimontes. Ela é mestre em História pela Universidade Severino Sombra, de Vassouras (RJ).