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Diferenciais estratégicos nas Licenciaturas, Residência Pedagógica e PIBID se adaptam às atividades remotas

By Christiano Lopes Jilvan

March 11, 2021

Números traduzem a importância dos dois programas: são quase 1 mil alunos beneficiados, além de professores da educação básica de 120 escolas

Especialmente pela oportunidade de ambientar o aluno às práticas da futura profissão e, não menos importante, contribuir para minimizar a evasão nos cursos de Licenciatura, o Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência (PIBID) e Programa Residência Pedagógica (RP) são considerados como diferenciais na formação acadêmica no âmbito da Unimontes. Não é para menos: a instituição está entre as universidades brasileiras com o maior número de bolsistas junto à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes).

A Capes é a responsável pelo financiamento dos programas junto ao Ministério da Educação (MEC). Somente com o benefício das bolsas mensais para os alunos da Universidade Estadual de Montes Claros, os recursos a serem aplicados ao longo período de vigência (18 meses) são superiores a R$ 7,2 milhões.

São beneficiados 960 acadêmicos dos diversos campi da instituição, além do envolvimento de 40 professores como coordenadores dos subprojetos das diferentes licenciaturas e de 120 professores da educação básica, que atuam nas 120 escolas públicas estaduais e municipais conveniadas na realização dos dois programas.

ADAPTAÇÕES – Os editais em vigência foram iniciados em outubro de 2020 com os ajustes alinhados pela Capes/MEC e duração prevista de um ano e meio. E neste período de pandemia do Novo Coronavírus, que exige a adoção de medidas restritivas e o tratamento excepcional, os programas adaptaram, fazendo o atendimento de forma remota das respectivas escolas parceiras.

“São dois programas estratégicos de grande valorização dos cursos de Licenciatura, pois aproximam os universitários à realidade do campo de trabalho do professor e da professora em que se tornarão em breve, e integram as realidades da educação básica com o ensino superior”, analisa a professora Ester Liberato Pereira, assessora de Projetos Especiais, da Pró-Reitoria de Ensino da Unimontes, e quem supervisiona os dois programas.

“Assim, os programas apresentam subsídios expressivos para a aprendizagem da docência no processo formativo de professores e professoras, o que justifica o seu investimento, cada vez mais consolidado, no planejamento educacional, político e financeiro, e nas concepções teóricas e epistemológicas do governo federal”, completa a assessora.

Outro fator importante do PIBID e do RP, segundo ela, está na redução dos índices de evasão: a valorização da área de trabalho, aumento da autoestima e a maior permanência dos alunos e alunas na Universidade pública e de qualidade.

PIBID

O PIBID é oferecido aos alunos dos quatro primeiros períodos dos cursos de Pedagogia, Matemática, Biologia e Língua Portuguesa – como áreas prioritárias – e de Artes/Teatro, Artes/Visuais, Geografia, Letras/Inglês e Educação Física – nas áreas gerais. No total, são 360 estudantes/bolsistas no campus-sede e nos campi de Brasília de Minas, Januária, Janaúba e Unaí.

“Com este período de atividades remotas, foi preciso replanejar os métodos de trabalho em conformidade com as orientações da Capes. Assim, cumprimos uma série de reuniões com os professores e coordenadores, além de envolver o próprio bolsista na elaboração de um diagnóstico das legislações educacionais associadas às práticas de ensino de cada área”, explica o professor Gustavo Cepolini, coordenador institucional do PIBID/Unimontes.

Cada bolsista atua por 8 horas/semana e, remotamente, utiliza ferramentas virtuais e aplicativos como o WhatsApp, Google Drive, Google Meet e “Classroom”, entre outros. Quando o sistema presencial puder ser aplicado pós-pandemia, a começar por uma campanha universal de imunização contra a Covid-19 e o estabelecimento de novos protocolos sanitários, as atividades retomarão o formato original: 4 horas de atividades práticas na escola e outras 4 horas de preparação e orientação com os professores responsáveis pelos subprojetos.

“O diálogo tem sido permanente, com momentos de discussões e o desenvolvimento de materiais específicos, além de momentos de revisão de materiais e de dados para atender aos estudantes que apresentarem alguma dificuldade no ensino remoto”, complementa Cepolini.

RESIDÊNCIA PEDAGÓGICA

Atualmente, 600 acadêmicos do 5º ao 8º período de Licenciaturas estão inseridos no Programa Residência Pedagógica. A professora Leonice Vieira de Jesus Paixão é a coordenadora institucional da RP/Unimontes e explica que, nesta edição do edital 1/2020, a Universidade atende 24 núcleos das áreas de Pedagogia, Matemática, Letras/Português, Letras/Inglês, Biologia, Geografia, História, Educação Física, Filosofia e Artes.

“Estamos em 72 escolas de Educação Básica em Montes Claros e em mais nove cidades do Norte de Minas, Noroeste e Vale do Jequitinhonha: Brasília de Minas, São Francisco, Januária, Pirapora, Janaúba, Espinosa, Almenara, Paracatu e Unaí”, enumera a coordenadora.

Assim como no PIBID, todas as atividades foram replanejadas para adaptação ao período de ensino remoto por causa da pandemia. Os conteúdos e ações foram revistos pelos docentes orientadores da Unimontes e pelos professores que atuam como preceptores em cada escola.

“Estes ajustes atendem à dinâmica dos municípios e do Estado no que diz respeito à educação básica”, acrescenta a professora Leonice Paixão, ao fazer referência à atuação dos acadêmicos neste processo, com envolvimento direto na confecção, reprodução e envio das atividades utilizando as tecnologias disponíveis.

EXPERIÊNCIA – Uma destas alunas bolsistas da Residência Pedagógica é Thayslane Andrade Lopes, do curso de Matemática. Assim como os demais participantes do subprojeto, ela se organizou para a produção de vídeos na interação com os alunos da educação básica, cumprindo o planejamento que seria aplicado nas atividades presenciais.

Ao lado da colega Jadde Thaine dos Santos, ela teve como desafio organizar um vídeo sobre a Geometria por trás dos artesanatos, trabalho técnico alusivo aos 300 anos de Minas Gerais. Temas ligados à cultura do Estado foram transformados em vídeos para abordagens didáticas e lúdicas sobre as técnicas matemáticas de medidas, grandezas, dimensões, regra de três, proporções e porcentagens e volume. Especificamente neste subprojeto, foram abordadas as áreas de culinária, comunidades tradicionais, diversidade, economia, folclore, gastronomia e medicina popular, dentre outros.

Os demais subprojetos também produziram materiais de acordo com as propostas das escolas parceiras e sob orientação do docente orientador e dos preceptores, e todos os materiais produzidos estão disponíveis para o acesso nos respectivos blogs.

Para o final de abril próximo (27/4), na versão on-line, está prevista a primeira edição, em 2021, do Seminário Institucional dos Programas, com uma aula aberta ministrada pela professora doutora Cristiane Coppe de Oliveira (UFU), além de oficinas e minicursos. Haverá a participação dos gestores da Universidade, entre os quais da pró-reitora de Ensino, professora Helena Amália Papa, além dos professores orientadores, coordenadores, supervisores e preceptores.