Investimentos em pesquisas nos últimos seis anos atingiram a casa dos R$ 37,2 milhões (Aurélio Fabiano Lopes)
A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) viveu uma fase de expressivo crescimento nos últimos seis anos, praticamente em todas suas ações nas áreas do ensino, pesquisa, extensão e na prestação de serviços. A instituição atua como um braço do Governo do Estado no Norte e Noroeste de Minas Gerais e nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri e suas ações se transformam em fator preponderante para a melhoria da qualidade de vida dessas regiões.
A área de atuação da Unimontes corresponde a 30% do território do Estado, atendendo a uma população que ultrapassa a dois milhões de habitantes.
Um dos destaques nestes últimos seis anos foi o incremento da pesquisa e da pós-graduação Stricto sensu. No período, o volume de recursos aplicados na investigação científica e tecnológica na universidade alcançou R$ 37,2 milhões, captados junto às agências de fomento, principalmente, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).
Os investimentos no setor cresceram ano a ano: 2005 (R$ 1.880.540,86), 2006 (R$ 2.700.151,41), 2007 (R$ 5.274.001,23), 2008 (R$ 6.810.579,27) e 2009 (R$ 7.751.191,01). Em 2010, foram investidos na pesquisa e na pós-graduação Stricto sensu exatos R$ 12.906,457, dos quais R$ 6.185.777,92 liberados pelo Governo de Minas, através da Fapemig.
Os recursos foram aplicados na ampliação da estrutura física, equipamentos, bolsas de qualificação e materiais necessários ao desenvolvimento de projetos e dos cursos. A captação de verbas também é ampliada em virtude do crescimento do número de mestres e doutores.
Devido aos investimentos, a pesquisa experimentou um verdadeiro salto na Unimontes nos últimos anos. Em 2005, a Universidade Estadual contava com 129 projetos de pesquisa em andamento, 34 grupos e 95 linhas de pesquisa. Em 2010, foram alcançados 250 projetos em andamento, 50 grupos e 170 linhas de pesquisa, envolvendo 402 professores/pesquisadores.
Oito mestrados e um doutorado
Nos últimos anos, a Unimontes também alcançou expressivo avanço na implantação de cursos Stricto sensu. Até 2004, a universidade contava com três cursos de mestrado (Desenvolvimento Social, Produção Vegetal no Semiárido e Ciências Biológicas). A partir de 2005, foram criados os mestrados nas áreas de Ciências da Saúde (um profissional e outro acadêmico), Letras – Estudos Literários – e Zootecnia, todos reconhecidos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal (Capes) do Ministério da Educação (MEC). Em 2010, foram aprovados pela Capes/MEC o mestrado em História e o doutorado em Ciências da Saúde, o primeiro próprio da história da Unimontes.
Investimentos em obras físicas
As melhorias da Universidade Estadual de Montes Claros também são constatadas pelas obras físicas. O Hospital Universitário Clemente de Faria, referência na assistência gratuita e de qualidade à população do Norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha, recebeu diversas obras de ampliação, destacando-se o Centro Ambulatorial de Especialidades Tancredo Neves (Caetan), o Pronto Socorro e o Centro de Referência na Assistência à Saúde do Idoso Eny Faria de Oliveira.
No campus-sede, nos últimos seis anos, foram inaugurados o prédio 1, com 4.186,19 m², dedicado aos cursos do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), o pronto-atendimento do Centro de Atendimento ao Servidor da Unimontes (Casu), os vestiários e as quadras 1 e 2 do Centro Esportivo Universitário. Também foram instalados os laboratórios de Métodos Analíticos de Biologia da Conservação.
Outra obra importante foi a restauração do Casarão da Fafil, entregue à comunidade em setembro de 2009, visando a implantação do Museu Regional do Norte de Minas. O investimento foi de R$ 1,077 milhão, recursos de empresas viabilizados com o apoio do Governo do Estado, por intermédio da Lei de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.
Em 2010, foram inaugurados o Centro de Pós-Graduação, a Sala de Videoconferência e a ampliação do prédio da reitoria. Também foi iniciada no campus-sede a construção do Restaurante Universitário, envolvendo recursos da ordem de R$ 1,2 milhão, liberados pelo Governo de Minas. O restaurante terá área construída de 946 m², com um amplo refeitório e uma cozinha equipada, além de instalações para o atendimento aos portadores de deficiência. Terá capacidade para o fornecimento de duas mil refeições/dia.