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Conferência no HUCF orienta profissionais sobre a vacina “Palivizumabe” de prevenção a doenças respiratórias nos bebês

By DTI

March 22, 2017

Profissionais da área da saúde, entre médicos, enfermeiros e gestores, participaram, nessa terça-feira (21/03), no Hospital Universitário Clemente de Faria (HUCF), da Conferência sobre a Palivizumabe, denominação da vacina recomendada para crianças com até dois anos e indicada para prevenir doenças respiratórias, como a bronquite e a pneumonia. A atividade aconteceu no auditório Sabedoria e Humildade.

O principal objetivo da iniciativa foi estimular a prescrição da vacina Palivizumabe, que combate o Vírus Sincicial Respiratório (VSR). A vacina é indicada para três grupos restritos de crianças: bebês prematuros que nasceram abaixo de 28 semanas e que estejam com até um ano de idade; crianças cardiopatas com até dois anos; e crianças com problemas respiratórios (idade até dois anos).

O medicamento é caro e custa em torno de R$ 5 mil a dose no mercado comercial, mas desde 2013 é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Hospital Universitário Clemente de Faria, vinculado à Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), com atendimento 100% pelo SUS, é referência para a aplicação da vacina no município.

A conferência sobre a Palivizumabe foi organizada pelo Ambulatório de Vacina do Centro de Especialidades Tancredo Neves (Caetan), do HUCF. Os trabalhos foram coordenados por Cristina Rezende, consultora técnica da Abbvie Farmacêutica – fabricante da vacina. Em breve, será feita mobilização para aumentar a imunização contra o VSR em mais dois municípios do Norte de Minas: Janaúba e Brasília de Minas – referências microrregionais.

BAIXA PROCURA

“O treinamento teve como objetivo ensinar os profissionais a preencher os formulários corretamente, divulgar o fluxo da documentação junto à Secretaria Estadual de Saúde e, também, facilitar que o paciente tenha acesso ao medicamento de alto custo – mas liberado gratuitamente pelo SUS”, afirma Cristina Rezende. A consultora técnica ressalta que a vacina é de grande importância e ainda de pouca procura, principalmente por causa da falta de conhecimento dos benefícios e da importância da profilaxia com a Palivizumabe.

A enfermeira Maria Cândida Pimenta participou da atividade, que considera de extrema importância para o profissional e para os pacientes. “Nós devemos conhecer a composição do medicamento, as indicações e contra-indicações e a aplicação correta. É segurança no procedimento para o paciente e para o profissional. Mais um serviço de excelência que o HUCF oferta a comunidade”, afirmou.

A médica cardiopediatra Patrícia Lopes, responsável pelo laboratório do medicamento do Caetan/HUCF, informa que a vacina Palivizumabe é aplicada gratuitamente na unidade às terças e quintas-feiras (no período da tarde). “São cinco doses do medicamento. Quem prescreve a vacina são os pediatras, os cardiologistas e pneumologistas infantis ou neonatologistas. Ela pode ser tomada ainda na UTI neonatal”, observa a médica do HUCF.

“Precisamos de uma atenção especial dos profissionais para a indicação do medicamento”, acrescenta Patrícia Lopes. A especialista faz um alerta: os pais devem pedir ao pediatra um documento para que seja validado na Secretaria de Saúde do Município para que o paciente tenha acesso gratuito à vacina.

A vacinação, ainda conforme a médica, merece maior atenção nos próximos meses de outono e de inverno. “Neste período, o vírus respiratório tem uma incidência maior, de março a julho. Quando uma criança pega o vírus, o caso pode evoluir como bronquite, pneumonia e síndrome respiratória aguda. As crianças são mais susceptíveis a essas infecções por já terem uma doença de base”, comenta a especialista. Ela lembra que a imunização é feita com cinco doses durante cinco meses (uma aplicação a cada mês).