Conteúdo do Site Antigo

Com premiação de R$ 13 mil em concurso nacional, mestre pela Unimontes quer transformar tese em livro

By DTI

December 03, 2014

Egresso do programa de Mestrado em História da Unimontes, o professor Luís Carlos Mendes Santiago proferiu palestra na Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) com abordagem na experiência de escritor e como ganhador mais recente do concurso nacional “Sílvio Romero” de Monografias. A premiação é realizada pelo Ministério da Cultura por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e do Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular (CNFCP). A palestra foi ministrada para acadêmicos, mestrandos e docentes nessa segunda-feira (1º/12), no auditório do prédio 1, do campus-sede.

A dissertação premiada (“O Mandonismo mágico do sertão: Corpo fechado e violência política nos sertões da Bahia e de Minas Gerais 1856-1931”) narra o ambiente político das pequenas cidades do Norte de Minas e do Centro-Sul da Bahia. O trabalho foi orientado pela professora doutora Carla Maria Junho Anastasia. Com 15 livros publicados, Luís Carlos conta que as pesquisas para a dissertação foram feitas mesmo antes da sua graduação.

“Tive apenas que fazer algumas adaptações à tese para atender a metodologia do concurso”, lembra o egresso, que iniciou sua graduação em 2004 e encerrou em 2007 com concursos emergenciais oferecidos pela Unimontes em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha.

“Antes da graduação, já havia publicado quatro livros, sendo dois de poesia e outros dois sobre a história do Vale do Jequitinhonha. Este foi o primeiro volume de uma série de quatro livros que recebeu o título de “O Vale dos Boqueirões”, completou o autor.

“Corpo fechado”

O mestre em História pela Unimontes conta que não pensava em inscrever o trabalho no concurso nacional, mas fora motivado pelo professor e pesquisador Oswaldo Giovaninni, segundo colocado na anterior do mesmo concurso e que o convidou a participar por meio de uma rede social.

O texto de Luís Carlos Mendes estuda “as peculiaridades e as origens da crença no “corpo fechado” (imune a qualquer tipo de ameaça de morte), passando por uma análise do contexto geográfico e enfatiza a situação de divisa, não apenas entre a Bahia e Minas Gerais, mas também entre áreas de exploração econômica da mineração e da pecuária extensiva, além da vizinhança das áreas “oficialmente” colonizadas com povos indígenas, quilombolas e outras populações tradicionais sertanejas”.

O egresso relata que, ao longo da pesquisa, descobriu que a história do “corpo fechado”, assunto presente na dissertação, não se restringia apenas a bandidos famosos, mas também a coronéis, padres e outras várias autoridades. A narrativa é um convite à leitura e ao aprofundamento no conhecimento da história política regional.

Com a máxima de estimular a pesquisa a partir de programas de pós-graduação, mestrado e doutorado, a premiação mais uma vez insere a Universidade Estadual de Montes Claros em âmbito nacional. A expectativa de Luís Carlos Mendes Santiago é de investir valor da premiação – R$ 13 mil – para a publicação da tese como livro.