Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

Cirurgiã pediátrica do Hospital Universitário Clemente de Faria publica caso raro em revista científica

A cirurgiã pediátrica Letícia Alves Antunes, que integra o corpo clínico do Hospital Universitário Clemente de Faria, instituição de ensino e pesquisa vinculada à Unimontes, apresentará no Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, um estudo sobre um caso raro diagnosticado de Fusão Esplenogonadal em uma criança com Criptorquidia, identificado e tratado na unidade. Trata-se de uma anomalia: ausência de testículo na bolsa testicular.

Os registros de casos raros são importantes diante das possibilidades de alcance dos diagnósticos diferenciais, com discussão em eventos científicos e congressos. Letícia Alves é autora do relato de caso cirúrgico denominado “Fusão Esplenogonadal em Criança com Criptorquidia”, que recebeu destaque na Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, edição abril/junho 2018. O tema será abordado na próxima edição do Congresso Brasileiro de Cirurgia Pediátrica, em novembro, em Foz do Iguaçu/ PR.

PROCEDIMENTO

Segundo a autora, quando o testículo não é percebido na região da virilha durante o exame físico, atualmente, o procedimento padrão ouro para identificação do testículo é a Videolaparoscopia. A técnica permite avaliar se houve a formação do testículo dentro da barriga e se há alguma alteração na sua estrutura, bem como já facilitar a sua descida até a bolsa.

A cirurgiã explica que o Hospital Universitário Clemente de Faria aplica a técnica de Videolaparoscopia, que permite realizar diversos procedimentos na especialidade, visando proporcionar maior segurança e menor trauma cirúrgico para as crianças submetidas ao procedimento.

“Em novembro de 2017, durante o procedimento de videolaparoscopia no Hospital Universitário, em uma criança de três anos com criptorquidia bilateral, foi visualizada a fusão de tecido do baço com o testículo esquerdo dando um aspecto de tumor, fato raro, com somente 200 casos descritos na literatura”, afirma.

Ainda segundo a especialista, a videolaparoscopia é uma ferramenta importante – aliada a uma equipe médica bem preparada para realizar diversos procedimentos na especialidade.

“A técnica também oferece outros benefícios para a criança, tais como cicatriz menor, diminuição de dor no pós-operatório, alta precoce e retorno mais rápido às atividades cotidianas”, conclui.