A importância da formação de engenheiros mais qualificados, diante do avanço tecnológico e das novas demandas do mercado, foi destacada durante a aula inaugural do curso de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), na manhã dessa segunda-feira (14/02), no auditório Mário Ribeiro da Silveira (prédio 6 do campus-sede). A aula inaugural foi proferida pelo ex-reitor da Unimontes e especialista em Bioética José Geraldo de Freitas Drumond. Ele abordou o tema “Ética em Engenharia e Tecnologia”.
Participaram integrantes da direção superior da universidade, professores e alunos do curso de Engenharia Civil. Um dos convidados foi o chefe de inspeção do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) em Montes Claros, Melquíades Oliveira.
Com o preenchimento de 30 vagas semestrais, o curso terá duração de cinco anos, sendo que as aulas são ministradas em período integral. A graduação, vinculada ao Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (CCET), tem ênfase nas áreas de Saneamento, Transporte, Estrutura e Construção Civil.
Durante o evento, o reitor João dos Reis Canela cumprimentou a equipe responsável pela criação do curso de Engenharia Civil, citando os professores Rosivaldo Antônio Gonçalves, Narciso Ferreira dos Santos Neto e Guilherme Augusto Guimarães Oliveira, este último também coordenador do novo curso. “O Brasil precisa de mais engenheiros, mão de obra cada vez mais exigente”, disse João Canela, lembrando que o curso da Unimontes é diferenciado por ter sido criado “dentro de uma visão holística”.
O professor Guilherme Augusto Guimarães Oliveira salientou que, ao criar o curso de Engenharia Civil, “a Unimontes dá uma demonstração clara para a sociedade de que a nossa região não é subserviente e apenas não recebe tecnologia, mas que produz conhecimento de forma sustentável”. Ele acrescentou: “Temos que apresentar resultado para a sociedade. E este resultado é a melhoria da qualidade de vida da população.
Durante a aula inaugural, o professor José Geraldo de Freitas Drumond fez uma reflexão sobre o curso de Engenharia Civil e o compromisso profissional dos engenheiros frente à modernidade. Ele abordou a transformação em que o vive o mundo com o avanço tecnológico. “Hoje, o conhecimento é responsável por 55% da riqueza mundial”, afirmou.
Drumond ressaltou que, assim como outros profissionais, o engenheiro também precisa ter noções de ética. “Os profissionais devem se preocupar com as consequências do conhecimento para o meio ambiente. Tem que saber usar o conhecimento e saber como aplicá-lo no lugar onde vive”, frisou o especialista em Bioética. Ele lembrou que no século XIX houve a Revolução Industrial. No século XX, aconteceu a Revolução da Informática. “No Século XXI, estamos vivendo a Revolução do Conhecimento”.
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