Universidade Estadual de Montes Claros – Unimontes

Antitabagismo

 


ANTITABAGISMO: Programa desenvolvido na Unimontes ajuda os servidores a largarem o vício e a adquirirem hábitos saudáveis de vida

  

No boletim do mês de setembro, o UNINOVIDADES destacou os benefícios do Programa Nutrição e Saúde, com resultados positivos para dezenas de servidores da Universidade. Nesta edição, você vai conhecer outro subprograma,o ANTITABAGISMO. O objetivo é incentivar os servidores e dependentes à prática de hábitos e de estilos de vida saudáveis, começando pela eliminação do vício e uso do tabaco.

 

 

O programa é coordenado pela Diretoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos (DDRH), que utiliza os Programas de Qualidade de Vida como recurso para o desenvolvimento pessoal e profissional dos seus colaboradores.  

A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), motivada pela responsabilidade social, buscando a humanização do trabalho e entendendo as necessidades e aspirações de seus servidores, criou o Programa que visa à melhoria da qualidade de vida dos seus trabalhadores. Denominado “Programa Mudança de Hábito & Estilo de Vida”. O programa contempla cinco subprogramas: Unimontes Acolhe, Saúde e Segurança do Trabalhador, Antitabagismo, Bate Coração e Nutrição e Saúde.

O objetivo do Programa é trabalhar com todas essas ações, de forma integrada e com um objetivo único: oferecer qualidade de vida aos servidores da Unimontes e aos seus dependentes.

 

VEJA DEPOIMENTOS DE QUEM CADASTROU NO PROGRAMA E LARGOU O CIGARRO!  

Walcy participa do programa desde fevereiro de 2012

Fumante há quase 30 anos, o colaborador fumava, em média, 20 cigarros.

“Bastante louvável a iniciativa da Unimontes, por meio do DDRH, de estar contemplando os servidores com o programa “Saúde do Trabalhador”, com várias campanhas, como por exemplo, “Bate Coração” e “Tabagismo”, dentre outras”.

“Graças primeiro a Deus, à médica do trabalho doutora Kátia, e colegas, estou sem fumar. Acredito que das drogas lícitas, a pior de todas é o cigarro. Conclamo aos colegas, em especial aos jovens, para que não se enveredem por ecaminho, porque quando se vicia, é muito difícil conseguir largar o vício; só mesmo com muita força de vontade, ajuda divina, como também o uso de medicamentos. Mas, volto a afirmar, que somente com muita perseverança e fé em Deus é que conseguimos nos livrar deste terrível mal que, além de inúmeras doenças, também afeta nosso bolso. Poucos dias após largar o vício, é impressionante como percebemos uma melhora significativa em nossa respiração, com um sono tranquilo. Principalmente, sentimos sabor nos alimentos; as refeições voltam ao que eram antes de termos começado a fumar”. 

Diego Marques Freitas – gerente de materiais e suprimentos (campus-sede)

“Hoje estou sentindo cheiros e sabores que há muito tempo não sentia” 

Diego está no programa há dois meses e, para quem fumava de 15 a 20 cigarros por dia, hoje ele fala com firmeza e determinação de um ex-fumante. “Hoje sinto o cheiro da comida, perfumes, e outros odores que desconhecia e não sentia há tempos”, relatou Diego.

O servidor fumou durante 12 anos consecutivos e já tentou várias formas e receitas para largar o vício, mas não teve sucesso. Segundo ele, o programa ANTITABAGISMO  estimula muito, porque está ligado ao trabalho, e outros  colegas servidores participam, o que incentiva e influencia de forma positiva.

“O programa aqui da Unimontes me deu a coragem que precisa para encarar o cigarro e parar com o vício”

Diego disse que os três primeiros dias foram muito difíceis- chegou a ter insônia e alucinações- “Pensei em desistir sim, sai de casa tarde da noite à procura de um cigarro só não fumei, porque o local em que comprava estava fechado”, observou.

As dificuldades amenizaram e os medicamentos ajudam Diego a encarar mais uma etapa. Ele tem, periodicamente, atendimento individual com a médica do trabalho e continua determinado a ter uma vida mais saudável, sem o vicio do cigarro.

Como é feito o trabalho?

A primeira ação é procurar a equipe de atendimento da unidade Saúde do Trabalhador que funciona na Policlínica Doutor Hermes de Paula – antigo CASU – no centro de Montes Claros (Doutor Veloso, 678) – o horário de atendimento é de 7h às 18h.

A própria equipe faz a marcação da consulta do servidor com a médica do trabalho que irá fazer a primeira avaliação. A especialista vai identificar a situação de cada um e verificar se há necessidade ou não de uso de medicamentos.

Caso haja necessidade, a médica do trabalho receitará os medicamentos que são oferecidos, gratuitamente, e irão auxiliar o trabalho de combate ao fumo. A próxima fase é encaminhar o servidor para  avaliação psicológica e  terapia em grupo. No primeiro mês, as reuniões são feitas semanalmente, a partir do segundo mês, quinzenal, e a partir do sexto mês, mensalmente.  As reuniões são feitas na própria Policlínica, toda quinta-feira às 18h.  

O servidor também é indicado para outros subprogramas vinculados ao Mudança de Hábito & Estilo de Vida” como o Unimontes Acolhe, Saúde e Segurança do Trabalhador,  Bate Coração e Nutrição e Saúde.

Mais informações pelo telefone (38) 3229-8576

PALAVRA DA MÉDICA DO TRABALHO KÁTIA SANDRA OLIVEIRA AQUINO

“A medicina do trabalho com o apoio da diretora administrativa e recursos humanos tem como objetivo promover a saúde do trabalhador em todo seu contexto, considerando que o servidor é o recurso mais importante para a produção dos seus serviços, independentemente da posição que ocupa na escala hierárquica.

Em atenção à saúde do trabalhador como um todo, está sendo oferecido, para aqueles que manifestarem a vontade de parar de fumar, um atendimento em grupo e/ou individual com uma equipe preparada para dar essa atenção. Tivemos uma palestra motivadora com Dr. João Antônio e o patrocínio do laboratório Eurofarma. O médico do trabalho, como toda a equipe, além da avaliação periódica do servidor, tem a função de estimular a melhoria da qualidade de vida dos servidores e estes programas, como o antitabagismo, fazem parte deste trabalho”. 

 PALAVRA DA PSICÓLOGA MARILENA SOARES

 “Falamos muito da dependência física causada pela nicotina, mas a dependência psicológica atua com bastante força e de forma bem complexa. 

        A grande maioria dos fumantes experimenta o cigarro na adolescência, momento em que é comum sentir-se inseguro, ter medo, estar ansioso, querer pertencer a um grupo, imitar os amigos e sentir-se feio. No grupo, muito dos depoimentos dos membros sobre como experimentaram pela primeira vez, confirma isso.

         Apesar do fumante, na maioria das vezes, sentir-se mal na primeira tentativa, ele insiste em aprender por achar que valerá a pena; terá um ganho: poderá integra-se a um grupo de amigos, parecer mais velho, ter status, ser bonito e etc.

         Essa expectativa muito positiva quanto ao cigarro é aceita sem questionamentos, pois é  tomada, inconscientemente, como algo que vem tamponar os sentimentos desagradáveis vividos pelo sujeito, dando uma sensação de bem estar. Graças as suas substâncias psicoativas, o cigarro é capaz de provocar sensação prazerosa, estimulante e ansiolítica e ,desta forma, aplacar o mal estar de existir, sem dar a chance do sujeito de enfrentar essas situações com seus recursos.

        O trabalho do profissional de psicologia no Programa Antitabagismo é realizado através de reuniões de grupo e atendimento individual, buscando dar lugar à palavra. A palavra é o veículo mais refinado dos processos do pensamento e comunicação, permitindo uma elaboração psíquica.  Trabalha-se para que as motivações inconscientes do comportamento possam ser reconhecidas e elaboradas, de modo que o sujeito encontre o sentido que o sintoma assume na sua vida. Considerando-se que cada história é singular, esse sentido construído é único. 

       O sintoma forma-se quando há um fracasso da palavra – ou seja, do sistema simbólico- em expressar o que se passa com o sujeito. O objetivo deste trabalho é, então, transformar a linguagem sintomática em realidade psíquica, ou seja, transmutar o que se manifesta na ordem do corpo em palavra, o que permite inscrever o sofrimento no plano psíquico.

       Pensar sobre si pode desvelar novas possibilidades e caminhos. O analista crê e aposta no efeito transformador que o conhecimento de si opera na vida psíquica do indivíduo. Busca compreender, na fala do sujeito, a possibilidade de ele tomar contato com as teorias que ele engendra sobre si mesmo. Esse conhecimento do sentido que o sintoma assume para cada um pode tirar o sujeito de uma posição apassivada diante de suas dificuldades de controle dos próprios impulsos, assuo uma outra posição diante da sua vida”.